10ª OPERAÇÃO CALVÁRIO Sítio de Bananeiras foi alvo de busca policial em setembro e Coriolano chegou a acionar Justiça contra MP
A prisão de Coriolano (irmão de Ricardo) Coutinho, na manhã desta quarta (dia 9), tem antecedentes. Em 14 de setembro último, após denúncia de movimentação atípica, uma força policial, acionada pelo Ministério Público, foi até o sítio Angicos (sequestrado no âmbito da Operação Calvário), de propriedade de Coriolano.
Havia, então, a suspeita de uma “possível reunião de um ou mais investigados com lideres políticos da região, deste modo para aferir o regular cumprimento das cautelares e para verificar se estaria ocorrendo alguma subtração ou depredação, houve o deslocamento, uma vez que havia indícios de violação e crimes na aplicação das cautelares , bem como zelar pelos imóveis sequestrados”.
Policiais foram até o local para averiguações, com é habitual nesse tipo de circunstâncias. Porém, apesar de terem acesso à propriedade, não conseguiram acessar a casa que, de forma inusitada, encontrava-se com todas as luzes acesas, inclusive potentes holofotes, algo que, aliás, chamou atenção dos moradores das redondezas. O vigilante da propriedade, curiosamente, alegou não ter as chaves da casa.
Incomodado com a ação do Gaeco, o caseiro José William Andrade Pinto chegou a prestar um Boletim de Ocorrência, após o imóvel ter sido vasculhado pela força-tarefa. A suspeita é que o vigilante teria prestado BO, orientado por Coriolano e seus advogados.
Processo – Incomodado com a ação, Coriolano acionou o desembargador Ricardo Vital, relator dos feitos da Calvário, requerendo para “notificar os órgãos disciplinares das autoridades envolvidas na citada ação para a abertura de procedimento disciplinar voltado a apurar os supostos ilícitos cometidos por seus órgãos, representantes ou agentes relacionados com os fatos apresentados neste petitório.”
Eles também requerem que o desembargador “ordene/notifique os representantes do órgão ministerial, bem como das autoridades e agentes sob comando e gestão do Ministério Público Estadual, ordenando que se abstenham de promover futuras ações ou medidas da mesma natureza da supramencionada, sem que possuam a devida autorização judicial para tanto”.
CÓPIA DO REQUERIMENTO DOS ADVOGADOS DE CORIOLANO…
Sequestro – O desembargador Ricardo Vital, relator dos feitos da Operação Calvário, como se sabe, determinou, no início de agosto último, o sequestro de R$ 134,2 milhões nas contas do ex Ricardo Coutinho e demais envolvidos na organização criminosa que foi desbaratada pelo Gaeco. Trata-se do valor apurado pela força-tarefa relativo ao desvio de recursos da Saúde, especialmente através de organizações sociais, como a Cruz Vermelha gaúcha e o Ipcep.