Maranhão: “Não temos o que conversar com Ricardo Coutinho”

“Eu não tenho o que conversar com (o governador) Ricardo Coutinho, visando um acordo com o PMDB. Qualquer acordo com ele é um salto no escuro dentro de um fosso cheio de lanças”. Foi a reação do ex-governador Zé Maranhão, ante recentes especulações indicando uma reaproximação política.

As especulações surgiram porque, após a virada do primeiro para o segundo turno, RC procurou o peemedebista para tentar uma operação ousando, que consistia na retirada da candidatura de Cícero Lucena para apoiar Estelizabel Bezerra contra Luciano Cartaxo. Operação que não prosperou.

Adiante, Maranhão complementou: “O que poderíamos acordar com Ricardo Coutinho? Ora, o PMDB é oposição ao seu Governo na Assembleia, e pretendemos seguir essa linha. Depois, o PMDB tem um candidato ao Governo, em 2014, que é o prefeito Veneziano. Então, não temos pontos em comum.”

Para qual partido Agra vai tirar o chapéu?

Assentada a poeira das urnas, algumas perguntas se impõem. Uma delas é: para onde vai o (sem partido) prefeito Luciano Agra? Agra, que inegavelmente foi o grande vencedor em João Pessoa, tem várias opções. Ele pode escolher entre PT, PDT e até o escorregadio PPS. Sua decisão vai depender do que pretende para sua vida em 2014.

Se a sua ideia é se afinar com o vice-prefeito eleito Nonato Bandeira e ter um partido pra chamar de seu, Agra poderá ir para o PPS. Com o inconveniente de que o partido tem uma postura de alinhamento ao PSDB em nível nacional, o que o coloca em confronto com o Governo Dilma Roussef. Não parecer ser uma alternativa mais lógica.

Pode escolher o PDT do deputado Damião Feliciano. É um partido aliado da presidente Dilma, mantém boas relações com o PT do ex-presidente Lula e está claramente à deriva na Paraíba. Como elemento desfavorável o fato de ter um deputado federal no comando. E a moeda que vale em Brasília é voto no Congresso. Que Damião tem e Agra, não.