E a Paraíba não perdeu apenas a Fiat para Pernambuco…
Há poucos dias, os jornais de Pernambuco noticiavam com merecidas fanfarras que o Estado tinha ganho mais outra contra a Paraíba, após o governador Eduardo Campos anunciar uma fábrica de motores que, associando-se a todo complexo automotor, totalizará investimentos da ordem de R$ 6,2 bilhões. Mas, a Paraíba não perdeu apenas a Fiat, Hyundai e talvez a Volswagen para Pernambuco…
Perdeu também o Polo Farmacoquímico. Quem viaja de João Pessoa para Recife certamente já percebeu o que ocorre na fronteira dos dois Estados. Do lado da Paraíba, não há um só empreendimento. Mas, cem metros depois, uma infinidade de placas anuncia a pujança dos vizinhos. Um dos empreendimentos mais vultosos, além de uma fábrica de vidros planos, é o Polo.
Composto por mais de uma dezena de empresas de medicamentos, hemoderivados e cosméticos, o Polo representa um investimento superior a R$ 2 bilhão, e a geração de mais de cinco mil empregos. E tudo isso a cem metros da divisa entre Paraiba e Pernambuco…
O poder do abandono na Praça dos Três Poderes

Em tempos não tão remotos, foi um cartão de visitas de João Pessoa. Hoje, parece representar apenas a decadência. Talvez até do próprio poder. A Praça dos Três Poderes é o retrato do abandono. O visitante que por lá se aventura, certamente vai levar uma péssima imagem da Capital da Paraíba.
As imagens colhidas por Palmari Lucena expõem a incompetência do poder público para zelar pelo patrimônio que é do povo. O que se vê são calçadas quebradas, lixo, bancos destruídos, ferragens retorcidas e derrubadas. A Praça João Pessoa simboliza hoje o merencório epílogo de um modelo administrativo.
Reina a indeferença a poucos metros do Palácio da Redenção, do Tribunal de Justiça, da Assembleia Legislativa e do Ministério Público. Nem a beleza amarela dos Ipês florescidos consegue disfarçar o descalabro na praça. Triste sina da praça que sediou tantos eventos históricos da Paraíba.