Gastança da Granja: Lúcio vai permanecer após linchamento de Aracilba?

A dúvida é se a secretária Aracilba Rocha (Finanças) falou em seu nome pessoal, ou respaldada pelo governador Ricardo Coutinho. Mas, o fato é que ela promoveu, publicamente, o linchamento do seu colega Lúcio Flávio (Casa Civil), porque, segundo ela, foi incompetente para administrar as despesas da Granja Santana, e envolver o governador e a 1ª dama, Pâmela Bório, num escândalo nacional.

Como também a dúvida é saber se o secretário Lúcio Flávio Vasconcelos subscreveu toda a gastança da Granja Santana por vontade própria ou recebendo uma determinação do governador ou de Pâmela. Ou terá praticado tudo apenas na ânsia agradar ao governador e a 1º dama, como seus próprios colegas de Governo tanto ironizam nos bastidores, tal o desvelo como trata tudo que diz respeito a RC?

Aguinaldo desmente RC e mostra quem tem prestígio com Dilma

Pode se dizer que o ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades) deu um traço no governador Ricardo Coutinho, nesse episódio da vinda da presidente Dilma Roussef. Nos últimos dias, RC vinha se apresentando como pai da criança dessa visita. Marcou data e chegou até a montar uma agenda, em que definiu o roteiro priorizando apenas obras de interesse do Governo.

Aguinaldo foi cirúrgico. Primeiro, afirmou desconhecer a data anunciada pelo governador. Depois, para não deixar dúvidas, revelou que a visita só ficou definida, para 1º de março, depois de sua audiência com a presidente Dilma em Brasília. Mostrou, sem meias palavras, quem tem realmente prestígio com Dilma, e ainda desautorizou o governador publicamente.

Secretário de RC pede novo adiamento para explicar gastança na Granja

O secretário Lúcio Flávio (Casa Civil) pediu mais um adiamento para apresentar sua defesa, no caso dos gastos excessivos da Granja Santana, que foram descobertos após auditoria do Tribunal de Contas do Estado. O conselheiro Umberto Porto, relator do processo, atendeu pedido do secretário e estendeu o prazo, que venceria nesta terça (dia 22), de sua defesa até 1 de fevereiro.

Dados da auditoria realizada pelo TCE lastrearam as reportagens da IstoÉ e Folha de São Paulo, que causaram repercussão nacional, apontando os gastos com carne de 1ª, lagosta, camarão, papel higiênico ao preço de R$ 59,90 e a compra de 460 latas de farinha láctea, além de outros artigos finos para o filho do governador Ricardo Coutinho e a primeira-dama, Pâmela Bório.

Ao ser ouvido pela reportagem da Folha, Lúcio confirmou as compras noticiadas pela Imprensa, que chamaram atenção da mídia nacional, mas alegou que foram todas legais: “Tudo do relatório nós compramos. Chama a atenção, mas está dentro da lei. Não há como não ter despesas com a primeira-dama, que não tem cartão corporativo.” Declaração que teria desagradado ao governador.