Se Cássio romper e houver três candidatos Ricardo vai pro segundo turno?

Muitas conjecturas se tem feito nos últimos dias, ante comentários cada vez mais firmes do rompimento do senador Cássio Cunha Lima com o governador Ricardo Coutinho. Obviamente, Cássio ainda pode não romper, o que poucos acreditam. Mas, e se confirmar o rompimento, qual o cenário político do dia seguinte visando as urnas de outubro?

Antes que alguns apaixonados se exaltem, é oportuno destacar que esse comentário também é apenas uma conjectura, mas fundada na atual realidade eleitoral. As disputas ao Governo, habitualmente, não comportam quatro candidaturas dos partidos chamados tradicionais. No máximo três e mais uma das esquerdas, ai compreendendo PSTU, PSOL, PCO e outros.

Nesse cenário, o rompimento de Cássio fará acender luzes amarelas no bunker do governador RC, por óbvias razões, e no seio das oposições, tipo PMDB, PT e Blocão. Mas, se as oposições se unirem em torno de um candidato, e houver três candidaturas fortes, Ricardo corre sério risco de não ir pro segundo turno.

Ex-secretário diz que PT virou “Casa de Mãe Joana” e PCdoB vive se oferecendo por cargos

Muito instigante o comentário do ex-secretário Ademir Alves de Melo, professor doutor do Centro em Ciências Jurídicas da UFPB, sobre as esquerdas na Paraíba. Ademir questiona a falta de autoridade no PT, “uma casa de Mãe Joana”, para impedir a nomeação de militantes ao Governo Ricardo Coutinho, e desanca literalmente com o PCdoB, que vive “farejando cargos”.

“Quem pode levar a sério os partidos de “esquerda” na Paraíba?”, indaga Ademir. “Quanto ao PCdoB, os seus dirigentes continuarão rondando o Palácio da Redenção (já que foram enxotados de vez da aproximação com a Prefeitura).” Aliás, quanto ao PCdoB, o ex-secretário é impiedoso, afirmando que o partido vive “oferecendo os seus prestamos no balcão de negócios”.