Temer diz que não irá renunciar e aprofunda a crise no País

Há formalmente quatro maneiras de Michel Temer deixar a Presidência da República: renúncia unilateral, cassação pelo TSE (que já tem parecer favorável), impeachment (que já foi pedido) e se o Supremo acatar ação penal contra ele. Uma delas foi afastada pelo próprio Temer. Agora, no final da tarde, ele afirmou que não irá renunciar, em pronunciamento oficial a nação. Mas, era claramente, o pronunciamento de um moribundo.
“Tem que ser um que a gente mata eles antes dele fazer delação”. O que é isso, Aécio?

A delação do empresário Joesley Batista, envolvendo o grampo de sua conversa com o senador afastado Aécio Neves, mostra como o tucano mineiro realmente perdeu a compostura, quando o assunto passou a ser propina. No caso, R$ 2 milhões. Quando sugere seu primo Fred (Frederico Medeiros), diz que “tem que ser um que a gente mata eles antes dele fazer delação”. Teria sido apenas ato falho, Aécio?
PEC das Eleições Diretas pode ser votada em até três semanas

Uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) pode ser a saída para a grave crise em que o País está mergulhado, após a delação de executivos da JBS. A proposta foi protocolada, desde o ano passado, pelo deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) e, se houver boa vontade do Congresso, pode ser apreciada, votada e promulgada em apenas três semanas.
A pergunta é: esse Congresso tem legitimidade para eleger um novo presidente?

As labaredas que se alastraram, nas últimas horas, devastaram o que ainda restava de figuras como Michel Temer e Aécio Neves, e levaram o País para a encruzilhada com o seu futuro. Os fatos se impuseram e sinalizam que o Brasil precisa, imediatamente, de um novo presidente. O problema é a escolha desse novo presidente.
Chegou nele: o escandaloso tombo de Aécio Neves

O senador Aécio Neves, que já vinha muito avariado, finalmente, perdeu a imagem de bom moço. Chamuscou. A delação do empresário Joesley Batista, da JBS, em que o tucano fala em “matar” seu interlocutor, antes de qualquer delação, é no mínimo de estarrecer. Um linguajar típico dos coronéis do passado. Aécio passou do ponto.
Reitor se antecipa e pede auditoria na UEPB ante declarações do governador de “má gestão”

As declarações do governado Ricardo Coutinho e auxiliares, insinuando que a crise da UEPB é resultado de “má gestão”, surtiram um efeito surpreendente: o próprio reitor Rangel Júnior protocolou um pedido de auditoria junto ao Governo do Estado, a ser realizada pela Controladoria Geral do Estado e pelo Tribunal de Contas do Estado, para avaliar a veracidade dessas afirmações.