Pelo andar da carruagem, meu caro Paiakan, três ajuntamentos estão começando a se formar para a disputa das eleições do próximo ano. Pode ser que se consolide, ou não.
Algo que está ficando mais evidente, após o cisma interno no Progressistas do deputado Aguinaldo Ribeiro, é que já se teria definido pela indicação da candidatura de Lucas Ribeiro ao Governo. Nesse cenário, não é impossível que o prefeito Cícero Lucena, ancorado nas pesquisas, resolva seguir um outro caminho. Ele tem recebido convite de várias agremiações.
Sendo assim, teríamos, de um lado, o agrupamento governista, com a majoritária encabeçada por Lucas, com os candidatos ao Senado: o governador João Azevedo (PSB) e o prefeito Nabor Wanderley (Republicanos) e de viés lulista. Se, é claro, João sair mesmo, e se o deputado Hugo Motta (Republicanos), ora muito desgastado, ainda tentar a sorte com a reeleição para a Presidência da Câmara. Hugo poderia ser o candidato ao Senado.
Em outra frente, o senador Efraim Filho (União Brasil) encabeçando a chapa de oposição, com um apelo bolsonarista, mais a eventual candidatura de Marcelo Queiroga ao Senado, e uma vaga em aberto para negociações. Certamente não será o senador Veneziano Vital do Rego (MDB), que já se assumiu aliado do presidente Lula, e deverá se articular noutra chapa.
Em outra seara, com uma tendência mais de centro, teríamos nomes como o ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSD), aliado do deputado Romero Rodrigues (Podemos), eterno candidato. Pelo que corre nos bastidores, existem articuladores tentando atrair o prefeito Cícero Lucena (Progressistas). Neste caso, uma chapa possível poderia ser Cícero (ao Governo), Pedro e Veneziano, ao Senado.
E, por fim, não podemos esquecer, meu caro Paiakan, o deputado Adriano Galdino (Republicanos), que tem se mostrado determinado a disputar o Governo, sobretudo em aliança com o presidente Lula. E, insistindo na candidatura, com quem irá se compor passa a ser um mistério, pelo menos a preço de hoje.
Como se vê, ainda que os nomes ainda não estejam escalados para os papéis que desempenharão nas eleições do próximo ano, esse deverá ser o desenho com três chapas majoritárias.
