Diretora de Hospital se filia ao PSB e médicos são demitidos por se negarem a aderir
Em se tratando de saúde pública na Paraíba, nada é tão ruim que não possa piorar. É o exemplo do que vem ocorrendo na Maternidade Peregrino Filho. Após um período desastroso com a terceirização para empresa Fibra, o Governo Ricardo Coutinho repassou a administração para outra firma, a Gerir. Mas, os problemas só fazem se agravar.
Enquanto em outros locais do País, há carência de médicos, em Patos, a nova direção da Maternidade decidiu agir, só que demitindo nada menos do que cinco profissionais. De quebra, fechou a UTI maternal. Com isso, os pacientes estão sendo encaminhados para Santa Luzia e Campina Grande, pois só estão sendo admitidos gestantes em caráter emergencial.
Os médicos Denilson, Robson, Teudas, Pedro Augusto e Suelen foram afastados da unidade, sem qualquer explicação. Pelo que se comenta na cidade, a demissão se deu após a diretora do Hospital Regional de Patos, Sílvia Ximenes, ter anunciando sua filiação ao PSB e adesão ao projeto de reeleição do governador Ricardo Coutinho, enquanto os médicos, não.
A filiação de Sílvia se deu, há poucos dias, com a presença do presidente estadual do partido, Edivaldo Rosas (http://bit.ly/130B1Mn). Ximenes é especulada em Patos para disputar a deputação estadual em parceria com Rosas, nas eleições do próximo ano. Rosas é contado para disputar novamente a deputação federal.
Há outra informação também preocupante: a maioria dos funcionários está com três meses de salários atrasados. Os médicos reagiram em seu favor e foram duramente rechaçados pela nova direção da Maternidade. Um dos médicos chegou a comentar: “Nós temos outras rendas e vamos seguir com a vida, mas e as pessoas mais humildes, como irão fazer?”
Nota final: Na verdade, Sílvia Ximenes é diretora do Hospital Regional de Patos, e não dá Maternidade Peregrino Filho. No mais, os médicos foram realmente demitidos, sob o pretexto de terem se solidarizado com os funcionários que se encontram com os salários atrasados na Maternidade. Também foram acusados de não estarem cumprindo devidamente seus plantões. Mas, os comentários em Patos é que eles não aderiram ao projeto de reeleição do governador Ricardo Coutinho.