Datafolha: Dilma reage mas é ameaçada por Marina
A presidente Dilma que, aparentemente, estava no paredão com a onda de protestos que varreu o País, ameaça dar a volta por cima. Pesquisas realizadas pelo Datafolha revelam que a petista passou de 30% para 35% da intenção de votos, de junho pra cá. Pode ser um aumento tímido, mas demonstra que a presidente reagiu.
Tudo bem, não o suficiente para barrar a trajetória ascendente de Marina Silva, que passou de 23% para 26%, no mesmo período e começa a se consolidar como a principal adversária da presidente na disputa. O tucano Aécio Neves, por exemplo, despencou de 17% para 13%, que não parece ser um número de sorte para suas pretensões em 2014.
Enquanto isso, o adversário não tão oculto, governador Eduardo Campos, oscilou de 7% para 8%, ainda bem distante do primeiro pelotão. Mas, é importante destacar que o pernambucano é conhecido por apenas 56% dos brasileiros, contra 87% de Marina Silva, 77% de Aécio. O dado que pode pesar quando começar o guia eleitoral e outras exposições na campanha.
No resumo da ópera, dois dados chamam a atenção na pesquisa: a presidente Dilma conseguiu reagir, jogando parte da responsabilidade pela crise do País no Congresso Nacional, ao propor o tal plebiscito. O Congresso não conseguiu administrar a bomba chiando que recebeu, então a presidente ficou bem na fita e voltou a crescer aos olhos de parte dos brasileiros.
Segundo ponto a observar: Aécio e Eduardo não demonstram, a preço de musculatura suficiente para ameaçar a reeleição da presidente Dilma. Talvez tenham uma chance se formarem uma chapa juntos. Nesse cenário, quem realmente se credencia para um eventual segundo turno contra Dilma é Marina. Uma adversária, que se passar para a prorrogação, será páreo duro…
… E por quê? Porque os demais interessados no pleito que ficarem para trás não terão qualquer dificuldade em apoiar Marina contra Dilma. O que não acontecerá, por exemplo, caso passe Aécio contra Dilma. Numa projeção assim, o pessoal de Marina certamente votará, majoritariamente, em Dilma. Mesmo raciocínio vale para Eduardo Campos.
Agora, todas essas projeções perderão sentido se, de última hora, o PT decidir trocar Dilma por Luiz Ignácio Lula da Silva. Lula, segundo a pesquisa Datafolha, segue soberano e venceria a disputa no primeiro turno. Em qualquer cenário.