Por que o governador não fala da viagem de Pâmela? Terá feito o mesmo?
O tempo literalmente voou nesses três meses, desde maio. Mas, por que será que o governador Ricardo Coutinho não deu uma palavra sequer sobre o famoso voo da primeira-dama? Pâmela Bório, como se sabe, viajou em avião do Estado (King Air), para ir a Belo Horizonte receber um prêmio como mulher destaque na área do turismo mineiro.
Justamente o governador que se apresenta aos paraibanos com bravatas e pirotecnias, recusa-se a falar de um episódio público e notório. Certamente não estaria com medo de dar sua opinião, pois, ao que se diz, ele nada teme. Nem a Justiça. Afinal, o governador Ricardo considera normal ou não o uso do avião do Estado nessa viagem da primeira-dama?
A esta altura já não é possível simplesmente colocar para baixo do tapete um fato, que foi amplamente documentado, inclusive com o plano de voo da aeronave e a rica galeria de fotos e textos postados pela própria primeira-dama na Internet. Afinal, RC considera normal ou não o uso do avião do Estado nessa viagem da primeira-dama?
Bem, se ele considera o uso do avião pela primeira-dama normal, e o seu silêncio sinaliza nessa direção, então é de presumir que outras viagens do gênero tenham ocorrido, já que ele considera correto. Quem sabe o próprio governador não tenha utilizado a aeronave oficial para algumas viagens de interesse particular. Talvez viagens de lazer.
A verdade é que o tempo voou nesses três meses, desde 13 de maio último, e o governador não se manifestou sobre a viagem da primeira-dama. Uma viagem que, segundo um simples cálculo, orçou na casa dos R$ 100 mil. Sim, porque custa R$ 17 o quilômetro rodado em empresas de táxi aéreo. Como a distância de João a Belo Horizonte vai a cerca de 4,7 mil quilômetros…
Só o voo já passaria de R$ 81 mil. Afora, é claro, as despesas com deslocamentos, alimentação e o pagamento da equipe de profissionais que Pâmela levou para dar apoio pessoal e fazer a cobertura do evento em Minas Gerais. E o governador não diz nada?