“Adversários” não vão dar parabéns a Estelizabel
Talvez não tenha sido ainda o slogan “Não é com ela que eu vou”, mas a verdade é que os principais interessantes em substituir a secretária Estelizabel Bezerra como candidata a prefeita não foram levar seu presente, na festa de aniversário dela, último sábado. Foram coerentes.
Primeiro, que nenhum deles iria para a festa da “adversária” de ônibus. Esse foi o meio de transporte massivamente utilizado pela militância da candidata para comboiar os presentes até uma granja no Altiplano, onde os acepipes, especialmente eleitorais, foram servidos.
Depois, que presente iria levar o vereador Bira que anda numa imensa maré de azar? Não bastasse a demissão de aliados, ainda precisa ouvir a cantilena desses perseguidos, ameaçando inclusive abrir as baterias contra o PSB. E, claro, em última instância, até contra o próprio.
O que iria fazer o prefeito Luciano Agra na festa? Levar um adesivo com a sua campanha do Volta Agra, que, a propósito, retornou com tudo nos subterrâneos do PSB? Poderia vazar que os aliados perseguidos de Bira (pelo Governo RC) estão sendo reaproveitados pela Prefeitura.
E a presença do secretário Nonato Bandeira, que anda silencioso, e por isso mesmo muito mais perigoso? Porém, o que realmente importa é que o governador RC (a caminho da Índia, de avião), seu irmão Coriolano (devidamente paramentado) e a primeira-dama Pâmela estavam presentes.
Quem tem esses cabos eleitorais não precisa do beicinho que Bira anda fazendo. A presença da trinca real deu sobrevida à pré-candidatura de Estelizabel. Deixou ressabiado o pessoal de Agra, Bira e Nonato. Pode ter sido um prêmio de consolação por não ter recebido o PT de presente.
Aparentemente, quem também não esteve presente foi o pessoal da Justiça Eleitoral. Nem de taxi. O que mostra como Estelizabel é uma candidata de sorte. Mas, ela ainda terá uma semana de fogo pela frente, com a ausência de seu guru. Resta saber se terá sorte para resistir até seu retorno.
Terá que entoar muitos mantras para esconjurar o olho mau da concorrência. Pra não ter que pegar o bonde.