PB no vermelho: Estadão traz descontrole das contas e desmente mídia oficial
O Governo Ricardo Coutinho tem imposto, nos últimos dias, uma renitente propaganda oficial, apregoando que, após quase três anos de gestão, finalmente está com as contas em ordem. É de fato um choque, quando confrontado com a realidade. Segundo estudo do jornal O Estadão, a Paraíba é um dos três Estados do País que extrapolaram a Lei de Responsabilidade Fiscal, nos gastos com pessoal.
Vamos repetir o texto de O Estadão: “Três Estados extrapolam o limite máximo, o teto que deveria ser intransponível, de 49% das despesas estabelecidas na lei fiscal: Alagoas, Paraíba e Tocantins.” Isto significa estar com as contas em ordem? Ou a propaganda é enganosa e de má fé para enganar os paraibanos, ou essa gente que faz a Comunicação não está tão bem informada como deveria. Mais em http://bit.ly/1dj0MyA.
Para se ter uma ideia, no mês passado (julho), o governador Ricardo Coutinho chegou a pedir uma antecipação (das contas seguintes de seu FPE) de R$ 50 milhões ao Banco do Brasil, para poder fechar a folha de pessoal. Isso seria estar com as contas em ordem? Na verdade, as receitas não estão mais conseguindo fechar as contas com as despesas dentro do próprio mês.
A informação que o jornal O Estadão traz vem, inclusive, corroborar outra notícia veiculada, há alguns meses pelo jornal O Globo (http://glo.bo/11JDdsu), também informando que a Paraíba estava com as contas no vermelho, superando o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal e alertando que o Estado passava a correr o risco de não mais receber recursos federais.
Naquela ocasião (março/2013), a Paraíba, conforme levantamento da Secretaria do Tesouro Nacional, havia ultrapassado o limite da LRF, ao passar de 49% (ano passado) nos gastos com pessoal para 49,83 de suas receitas, “liderando” o desempenho negativo no Nordeste, que trazia Pernambuco (45,19%), Alagoas (47,41%), Rio Grande do Norte (48,01%) e Sergipe (48,27%).Mais em http://bit.ly/ZDFX6W.
Da próxima vez que o pessoal encarregado da propaganda oficial for confeccionar suas peças será prudente dar uma olhada nos números, afinal com os números não se briga. Para não cometer o deslize de por no ar uma propaganda enganosa, em claro confronto com a realidade. Para um Governo que precisa urgentemente recuperar sua credibilidade, não é exatamente uma boa prática.