Assim caminha a PB: governador foge das vaias e vice tem mal súbito
O Governo Ricardo Coutinho nunca chegou a ser nem a sombra do que ele prometeu na campanha de 2010. Começou muito mal com a demissão em massa de 30 mil servidores (nunca se saberá o número exato), e seguiu acumulando desastre, como a terceirização da saúde, as seguidas perseguições a servidores e a incompetência em cadeia na área de segurança pública.
Mas, hoje, seguramente, passa o seu pior momento. E com o surgimento do fantasma da candidatura de Cássio Cunha Lima pode sofrer até mesmo de mal súbito. O mal similar ao que atingiu o vice-governador Rômulo Gouveia no desfile do Sete de Setembro. O Governo anda tão mal, que o governador se ausentou com medo das vaias e o vice terminou desmaiando.
Vamos combinar: nada tem dado certo em seu Governo. Parece uma maldição. Talvez uma punição divina pelo fechamento de 230 escolas, ao mesmo tempo em que se gastou uma montanha de dinheiro na compra de 17 toneladas de lagosta, camarão, carne de primeiro, peixes raros, berço esplêndido, o papel higiênico mais caro do mundo, dentre outras prodigalidades…
Não menores, aliás, do que ter investido uma fábula, feito Aladim e seu tapete voador, na compra de uma aeronave novinha em folha para passar o réveillon no Rio de Janeiro e Paraty. Para a primeira-dama ir a Minas Gerais receber uma premiação por seus insuspeitos préstimos a área de turismo. O avião, claro, o próprio estandarte dessa modalidade nova de fazer turismo.
Pode-se dizer que o governador paga pelos (inúmeros) erros que cometeu. E, pelo visto, essa paga tem vindo em dobro. Sua ausência no desfile do Sete de Setembro, temendo vaias, é o reflexo maior do quanto receia que, no próximo ano, o eleitor decida dar o seu grito da independência, em relação a um modelo que prometia revolucionar a Paraíba, fazendo 40 anos em quatro…
Mas, o que conseguiu até agora foi deixar o Estado de quatro.