Para escritora brasileira livro físico sobreviverá ao e-book
Ela tem sido destacada pela crônica como uma das revelações da literatura brasileira. Na tarde desta terça (dia 10), Carola Saavedra participou como expositora da Feira de Livros de Frankfurt, discorrendo ao lado da escritora gaúcha Cíntia Moscovich, sobre sua obra literária que inclui o premiado romance “Paisagem com Dromedário”.
Chilena de nascimento, mas radicada desde criança no Brasil, Saavedra explicou como se dá o seu processo literário no romance: “É, na verdade, um livro que trata da luta de poder entre três personagens: Karen, Alex e Érika.” Os três forma uma espécie de triângulo amoroso, mas o romance ganha fôlego após a morte de Karen.
Em seguida, em conversa com o Blog, Saavedra também falou sobre o que pensa do livro eletrônico: “Não acredito que o advento do livro eletrônico (o chamado e-book) seja capaz de acabar com o livro físico. Os dois devem conviver sem problemas. Os dois são formas diferentes de apresentar o conteúdo literário, mas o livro físico deve sobreviver.”
Como se sabe, em alguns mercados, especialmente nos países de língua inglesa, o livro eletrônico vem apresentando um considerável crescimento, a ponto de dominar mais de 20% das vendas de livros. Mas, para a escritora “isto não constituirá um risco para a extinção do livro físico, que terá sempre o seu espaço no mercado literário”.
Saavedra está entre os 70 escritores brasileiros recrutados pelo Ministério da Cultura para representar a literatura brasileira na Feira de Livros de Frankfurt, que conta ainda com expoentes como João Ubaldo Ribeiro, Nélida Piñon, Fernando Morais, dentre vários outros.
O detalhe, que se transformou em polêmica, foi que Paulo Coelho, bastante conhecido na Alemanha, por seus livros, decidiu boicotar a Feira, alegando que os critérios para a escolha dos escritores não foi democrática.