Será que a Gastança na Granja vai dar em nada?

Não há nada que cause mais indignação ao cidadão do que ver algumas denúncias caírem no vazio, sem uma apuração rigorosa e o julgamento dos culpados. É o caso, por exemplo, desse escândalo da Gastança na Granja Santana, que ganhou intensa repercussão nacional, pela forma impiedosa como se avançou no dinheiro público. Como fazer o cidadão se conformar quando tem conhecimento de que o dinheiro público foi utilizado para comprar 17 toneladas de lagosta, camarão, carne de primeiro, peixes raros e... dar em nada? Como fazer o paraibano entender a comprar papel higiênico de R$ 59,90, sabão a mais de R$ 120, e mais 460 latas de farinha láctea e... dar em nada?

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Não há nada que cause mais indignação ao cidadão do que ver algumas denúncias caírem no vazio, sem uma apuração rigorosa e o julgamento dos culpados. É o caso, por exemplo, desse escândalo da Gastança na Granja Santana, que ganhou intensa repercussão nacional, pela forma impiedosa como se avançou no dinheiro público.

Como fazer o cidadão se conformar quando tem conhecimento de que o dinheiro público foi utilizado para comprar 17 toneladas de lagosta, camarão, carne de primeiro, peixes raros e… dar em nada? Como fazer o paraibano entender a comprar papel higiênico de R$ 59,90, sabão a mais de R$ 120, e mais 460 latas de farinha láctea e… dar em nada?

Será que vai mesmo dar em nada um abuso dessa magnitude? Será que é correto num Estado de tantas carências se colocar panos quentes nos responsáveis por esse escárnio? Dar em nada? Mas, essa é a impressão que vai se cristalizando cada vez que o Tribunal de Contas do Estado adia o julgamento das contas da Casa Civil do Governo Ricardo Coutinho.

Na sessão dessa quarta (dia 23) até que o julgamento se encaminhava para algum desfecho, quando vieram as diárias do ex-secretário Lúcio Flávio e atropelaram o veredicto. Mais uma semana pela frente, mesmo ante a informação de que o próprio governador admitiu ilícito ao devolver os cofres públicos o equivalente à compra do enxoval do seu bebê.

Sim, por que houve também a compra de um enxoval completo, com berço real e tudo mais. Tudo pago pelo erário. O que se dizia na Corte era que o ressarcimento ao erário dessa parte do abuso seria um elemento atenuante no processo. Atenuante? E desde quando um réu confesso deve ser absolvido, apenas por ter admitido que avançou o sinal nos cofres públicos?

A sociedade espera que o TCE cumpra com seu trabalho nesse caso, e conclua um julgamento que começa claramente a exalar um odor de peixe (ops!) podre. Peixe raro, mas podre.