A importância do livro de Rui
Há poucos dias, o secretário Rui Leitão lançou o livro “1968 – Grito de uma Geração”, que traz um flagrante histórico da ditatura militar e seus efeitos na Paraíba. Rui segue, de certa forma, os passos de seu pai, o destacado historiador Deusdedit Leitão.
Do jornalista Eliabe Castor, o Blog pinça esse comentário dos mais oportunos sobre Riu e sua obra, que “nos possibilita dar um passeio histórico, político e cultura na Paraíba dessa época. Época fértil e bem retratada pelo autor”. Confira texto na íntegra.
“A Paraíba sempre se destacou no Cenário artístico e cultural do Brasil. Terra de grandes expoentes da nossa cultura, nosso sublime torrão é lar de Linduarte Noronha que, com o seu maravilhoso Aruanda, colocou a Câmara e a idéia na cabeça de Glauber Rocha, nascendo, assim, o cinema novo. Celeiro de formidáveis poetas, pintores, músicos, escritores, e toda a sorte de artistas, como José Lins do Rêgo, Augusto dos Anjos e José Américo de Almeida, nosso Estado doou para o teatro e à Música Popular Brasileira uma nova linguagem com a ousadia e sensibilidade de Paulo Pontes, que, entre seus parceiros figurou Chico Buarque de Holanda.
De acordo com a historiografia clássica, às margens do riacho Ipiranga, atual São Paulo, Pedro Américo imortalizou a Independência do Brasil com a tela “Grito do Ipiranga”. Pois bem amigos e amigas, eu poderia escrever laudas e laudas para ilustrar a capacidade da nossa terra e da sua gente. Mas seria enfadonho; o que afirmo, hoje, é que um novo escritor surgiu em nosso cenário. Trata-se de Rui Leitão que, com seu magnífico ‘1968 – O Grito de uma Geração’, nos possibilita dar um passeio histórico, político e cultura na Paraíba dessa época. Época fértil e bem retratada pelo autor.
Adjetivar a obra de Rui ou dar parabéns é pouco, no meu olhar. Não basta ser expectador de um momento; é preciso participar. Tapinhas nas costas e sorrisos largos, embora sendo gestos afáveis, é muito pouco. É preciso adquirir a obra. Sentir nas entranhas o que a Paraíba produziu, e produziu muito, na cultura, política, nos manifestos e manifestações em pleno regime militar.
Parafraseando um antigo comercial da Gelol, cujo slogan era: “Não basta ser pai, tem que participar”. Digo que não basta felicitar, tem que comprar, ler e deliciar-se com a verve literária de Rui Leitão e a excelente obra “1968 – O Grito de uma Geração”. Quem sabe assim não vemos, em meses, o livro ocupar o topo da lista dos mais vendidos no Brasil na categoria não ficção. Vamos lá! Vamos participar e aprender um pouco mais sobre nossa terra.”