Sob pressão (mas sem uso de varas) Governo abre UPA de madrugada
O que aconteceu em Cajazeiras é um exemplo do quanto uma parcela da população começa a cansar de um modelo administrativo pautado mais na propaganda, do que nos resultados palpáveis para a sociedade. Foi emblemático o caso dessa UPA (Unidade de Pronto Atendimento), que foi inaugurada (em 22 de agosto) com toda pirotecnia eleitoreira e logo fechada, por inoperância gerencial.
O Governo usou a mídia para divulgar sua inauguração, mas não apresentou a correspondência em benefícios para a população. É o que tem ocorrido, por exemplo, com um festival de anúncio de ordens de serviço, em meio a intenso foguetório, e o que se percebe depois é que as obras não saem do papel. O caso do Viaduto do Geisel é um exemplo. O Trevo de Mangabeira, outro. O antigo Dede…
E há as espertezas como o caso do Espaço Cultural, cujo cronograma de conclusão das derramadas obras de reforma coincide com as vésperas do processo eleitoral. O mesmo vale para o Teatro Santa Rosa. No mais é perfumaria e continuidade de obras iniciadas por antecessores. De novo, apenas esse modo de governar, afrontando a população. E, pior: debaixo de varas.
Não é de estranhar, portanto, que a população de Cajazeiras (que não é boba) tenha se mobilizado para ir às ruas. A iniciativa “Vem Pra Rua” forçou o governador a abrir a UPA de madrugada, sem pompa ou circunstância. De quebra, a população passou a cobrar o cumprimento de promessas como a construção do IML ou a conclusão do aeroporto local. Que ele realize ainda que seja de madrugada, na calada da noite…
Talvez se professores, policiais, pessoal do Fisco, da Saúde, do Ipep, médicos e tantas outras categorias se determinassem a ir às ruas, certamente não estariam passando por tantas dificuldades. O governador já sinalizou que só funciona sob pressão. Em Cajazeiras, a população nem precisou usar vara para ameaçar o governador, bastou ir às ruas….