Dilma cresce mais e vence Aécio e Campos (com Marina e tudo) no 1º turno
A casa nova pesquisa vai se consolidando o que se suspeitava: a presidente Dilma foi de fato quem melhor fez a leitura das ruas nos protestos de junho. Depois de ter caído a índices preocupantes de aprovação, Dilma tem se recuperado de uma forma surpreendente. É o que mostram, por exemplo, os números da última pesquisa Datafolha.
No espaço de um mês, Dilma saltou de 41% para 47% e venceria a disputa pela reeleição em primeiro turno, fácil. No mesmo período, o tucano Aécio Neves despencou de 21% para 19%, enquanto Eduardo Campos colecionou mais outra queda: de 15% para 11%. Ou seja, Dilma cresceu bem mais do que foi o tamanho da queda dos adversários.
No caso de Aécio, é verdade, ele variou na margem de erro. Mas, os dados mostram que, apesar de ter potencial para crescimento, o senador mineiro não consegue empolgar. Ele tem patinado nesses percentuais desde que se apresentou como candidato. Vai precisar injetar muita adrenalina em sua candidatura para ter alguma chance.
A decepção passa a ser Eduardo Campos. O governador pernambucano criou o fato político de maior expressão, ao conseguir a adesão de Marina Silva ao seu projeto. E, no primeiro momento, recebeu seus bons fluídos eleitorais. Mas, se viu que era, pelo menos naquele momento, apenas a força da novidade. Campos voltou a cair para os seus percentuais históricos.
Não quer dizer que esteja morto na disputa. Se conseguir encaixar um discurso mais vigoroso de oposição, poderá até superar Aécio. Parte do Nordeste, onde historicamente o PT tem sido mais forte, e poderá dividir votos com Dilma. Mas, o que se percebe é que andou perdendo fôlego, desde que assentou a poeira da adesão de Marina. Talvez tenha caído na própria rede.
Resumo da ópera: se não houver uma incidente de maiores proporções nos próximos meses, a presidente Dilma poderá entrar no microprocesso eleitoral, a partir de maio, com a corda toda. E, como a maquinaria do PT e do Governo funcionando a pleno vapor, pode de fato confirmar o que dizem as pesquisas de hoje, vencendo as eleições ainda no primeiro turno.