Campos inaugura obra de US$ 1,2 bi em Pernambuco. Já a Paraíba…
É curioso o que acontece no comparativo entre Pernambuco e Paraíba. Há poucos dias, a presidente Dilma Rousseff veio a Recife para inaugurar a Plataforma P-62, produzida no complexo do Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca, com investimentos superiores a US$ 1,2 bilhão. É um marco na indústria naval do País.
Lá mesmo em Pernambuco, a presidente fez uma visita técnica às obras de construção da refinaria de petróleo Abreu e Lima. A unidade terá capacidade para processar 500 mil barris de óleo por dia, e será a maior do País na produção de diesel. O complexo terá um investimento final de aproximadamente US$ 17 bilhões.
Todos investimentos atraídos pelo governador Eduardo Campos, apesar das atuais divergências dele com o Governo Dilma. E trocaram algumas “gentilezas”. Eduardo afirmou que o Nordeste é discriminado, afirmando que tem apenas 13,5% das riquezas do país, apesar de 28% da população do país viverem na região.
Dilma revidou, destacando que, apesar das notórias diferenças entre ela e o governador, os investimentos do Governo Federal seguem a passos rápidos em Pernambuco. Citou inclusive mais R$ 4,9 bilhões do PAC para obras de mobilidade urbana. Beleza, mas para a Paraíba qual a grande inauguração prevista pra este final de ano?
Enquanto isso, obra federal na Paraíba se limita ao Centro de Convenções, investimentos inferiores a R$ 150 milhões. É a sina do Estado discriminado no que tange a grandes obras. Não que o Centro de Convenções não seja. Mas, são necessários obras de grande porte. Por que só Pernambuco tem direito a refinaria de petróleo, Suape, estaleiro, polo de medicamentos, montadora e a Paraíba, não?
Méritos para o governador Eduardo Campos, que soube “brigar” por Pernambuco, e não aceitou seguir a reboque da Bahia, como corria o risco. Já a Paraíba não vem tendo a mesma sorte. Também esperar o que, depois que o próprio governador Ricardo Coutinho foi contra a instalação de um porto de águas profundas?