Quem vai vencer a disputa ao Governo em 2014?
O ano de 2014 inicia com algumas certezas e várias incógnitas para a disputa ao Governo do Estado. No capítulo das certezas, há as candidaturas (oficial) do governador Ricardo Coutinho, e a postulação do ex-prefeito Veneziano. RC é candidato natural à reeleição e Veneziano é quem tem melhor aproveitado o espaço pelas oposições.
Na rubrica das incertezas, o caso mais notório é, obviamente, do senador Cássio Cunha Lima. O tucano tem sido estimulado por sua militância descontente com o Governo, para disputar contra Ricardo Coutinho. Mas, há uma variável jurídica em aberto. O próprio PSDB já sinalizou que irá realizar uma consulta ao TSE em abril pra saber de elegibilidade.
Há o caso do PT e do chamado Blocão. Os petistas pré-lançaram a ex-deputada Nadja Palitot, mas, para o partido não perder a tradição de desunião, outros interessados na disputa se apresentaram, como Marcos Henriques, presidente do Sindicato dos Bancários. Então, a incógnita será saber por quem o partido optará, e se estará unido após a escolha.
O Blocão apresentou o deputado Leonardo Gadelha, pelo PSC, sem muita pirotecnia, aguardando que o PP também fizesse o mesmo, talvez em torno do ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades). Bem, o ano iniciou-se sem essa definição no PP. É uma incógnita se fará. Mais ainda se os três estarão juntos, caso o PT bata o pé em torno de seu candidato.
Há ainda outra variável a se observar. Se a candidatura do governador Eduardo Campos adquirir mais musculatura, o PT certamente terá se repensar sua estratégia para a reeleição da presidente Dilma, e talvez não seja mais interessante ter vários palanques nos Estados, conflagrando-se entre si, como o caso da Paraíba, situação em que, provavelmente, forçaria uma união de toda a oposição já em primeiro turno.
Finalmente, não é improvável que o senador Cássio mantenha a aliança com o governador Ricardo. Talvez não seja conveniente para o tucano romper, após uma aliança de mais de três anos, aparentemente amistosa. Num quadro assim, as oposições terão de repensar entre lançar vários ou apenas um candidato para enfrentar o governador, que, com o apoio de Cássio, estará muito fortalecido.