O assalto a loja de Artur Bolinha ou quando a realidade desmoraliza o discurso
A ironia costuma pregar peças. Uma delas atingiu precisamente o ex-candidato a prefeito de Campina Grande, Artur Almeida (Bolinha), ora filiado ao PSB do governador Ricardo Coutinho. Tudo começou quando ele criticou ferozmente setores da oposição, incluindo ai o senador Cássio Cunha Lima, por denuncias uma escalada de violência na cidade.
Naquele momento, a deputada Daniella Ribeiro e o ex Walter Brito tinha sido assaltados em Campina. Daniella duas vezes. Artur afirmou que tudo não passava de invencionice da oposição. Mas, eis que a ironia aconteceu… A Loja Matildes, de sua propriedade, foi assaltada na semana passada, em plena luz do dia. Os bandidos fizeram um verdadeiro arrastão.
Semanas atrás, Artur Bolinha tinha afirmado que as denúncias sobre arrastões em Campina “eram mentirosas”: “É preciso esclarecer a população sobre essas mentiras. Escutem bem o que eu estou dizendo: eu estou garantindo que há mais de seis meses não há um estabelecimento na Manoel Tavares que tenha sido assaltado.”
O caso é um exemplo de como os fatos desmoralizam alguns discursos. Por mais de uma vez, o Governo RC andou propalando que havia conseguido reduzir a violência no Estado. Dias depois, a mídia internacional mostrou que João Pessoa se tornara a 9ª cidade mais violenta do mundo, e Campina Grande saltara para 25º no ranking das 50 mais violentas do mundo.