O PMDB terá tempo de guia mas herdará todas as complicações clínicas do PT
Vamos combinar: tirando o deputado Luiz Couto, pelos mandatos conquistados, e Lucélio Cartaxo, por óbvias razões, o PT não tem realmente nomes de peso para uma disputa ao Senado. Então, apresentou os quadros de que realmente dispõe. Pode até que ser que um dos três candidatos sugeridos surpreenda, mas, a preço de hoje, eles têm pouca envergadura para um voo ao Senado.
E esse é apenas um dos muitos ingredientes que azedam a relação entre PMDB e PT. É uma aliança óbvia, até porque o PT não tem como compor com o governador Ricardo Coutinho, nem com o senador Cássio Cunha Lima. Tampouco tem como bancar uma candidatura própria num cenário de quatro candidaturas, sem comprometer um palanque para Dilma no Estado.
Mas, o partido segue bem ao seu estilo: dividido. Mais que isto e pra complicar, dividido em quatro facções: uma que defende aliança com o governador RC puxada pelo deputado Couto, outra simpatizante do senador Cássio, espólio do ex-superintendente do Sebrae, Júlio Rafael, outra que prega composição com o PMDB e, finalmente, uma que preferiria a candidatura própria.
É improvável que não feche a aliança com o PMDB. Então, deverá premiar a coligação com a grife do tempo de guia eleitoral, mas certamente levará junto todas as suas conhecidas complicações clínicas. Algo que o candidato Veneziano terá de administrar ao longo de uma campanha, que já promete ser pesada no enfrentamento contra Ricardo e Cássio. É peso.