Cássio volta a desafiar RC para um debate e insinua desvio de recursos na área de saúde
A relação entre o senador Cássio Cunha Lima e o governador Ricardo Coutinho segue em temperatura máxima, em ritmo de São João. Durante o último encontro do PSDB, realizado domingo passado (dia 8), em Santa Rita, o tucano voltou a por mais lenha na fogueira do acirramento político. Cássio voltou a desafiar o governador para o embate e acusou seu Governo de prática de corrupção.
“E quem está dizendo não sou eu, não, é o Tribunal de Contas do Estado. Estão desviando o dinheiro da saúde para fazer caixa de campanha”, afirmou o tucano, incendiando a militância. Cássio aproveitou ainda para voltar a desafiar RC: “Não fique perseguindo os pequenos, não. Venha perseguir a mim, que sou do seu tamanho. Quer fazer um debate sobre seu Governo e o meu? Venha fazer.”
Cássio também voltou a criticar a insegurança reinante no Estado, e lamentou que o governador tenha prometido resolver o problema em seis meses, e passados quase quatro anos não tenha conseguido sequer estacionar. Por fim, rebateu declarações do governador de que seria violento: “Não sou violento, não tenho histórico de violência, e não sou de tratar mal as pessoas, especialmente as mais humildes.”
O tucano citou, então, o caso de vários servidores, “alguns com até 30 anos de serviço público, que foram demitidos, de forma impiedosa. Ontem mesmo, em Cuité, uma senhora, dona Nazaré, com cerca de 60 anos de idade me procurou e lamentou que após 27 anos de serviços prestados na escola Estadual Osvaldo Venâncio, foi demitida”. Então, complementou: “Como posso concordar com um ato tão desumano, como permitir quem em pleno século XXI, pessoas sejam punidas por suas opções políticas?”
E arrematou: “O povo da Paraíba definitivamente não quer é um governo que oprima que tente deixar o povo de joelhos, o povo paraibano só fica de joelhos para orar a Deus”.
Pelo menos até o final da noite desta segunda, o governador ainda não havia se manifestado sobre as declarações do senador Cássio em Santa Rita.