Chapa proporcional de federal gera novo impasse na aliança PMDB, PT e PSC
Tudo caminhava para um desfecho, quando vieram os obstáculos levantados por PT e PSC. Os dois partidos haviam concordado, ontem (domingo, dia 23), formalizar uma aliança na proporcional com o PMDB, mas apenas para a disputa de deputado estadual. O último obstáculo caiu com a decisão do Supremo de revogar a redução de bancadas.
Mas, adveio o problema na disputa pela deputação federal. O PT argumentou que, saindo apenas com o PSC, teria chances de eleger mais de um federal, Luiz Couto e mais um, a preço de hoje, Nadja Palitot. Mesmo raciocínio esposou o PSDC: também elegeria Leonardo Gadelha e mais um. Numa aliança com o PMDB, isso não teria como ocorrer.
Diante do impasse, a opção de candidatura própria de Veneziano voltou a enfrentar turbulências. Os deputados federais do PMDB (Manuel Júnior, Nilda Gondim e Hugo Mota) bateram o pé, alegando que a aliança tinha que ser integral, desde a majoritária até a proporcional, para federal e estadual. Por uma conta simples: sem aliança na proporcional, o PMDB não teria como eleger mais de três federais…
E ainda há a candidatura de Zé Maranhão, que entre forte na disputa por uma das vagas. Numa composição ampla PMDB, PT e PSC teriam, pelo menos em tese, condições de eleger uma bancada de cinco ou seis federais. Para os peemedebistas, nem PT, nem PSC sairiam perdendo. No pior das hipóteses, manteria um federal cada um.
No final da noite de domingo, uma nova rodada de conversações entre a cúpula do PMDB e o PT esbarrava na resistência do PT. Já o PSC de Leonardo passou a admitir a possibilidade, mas pediu tempo, o que fez aumentar ainda mais a tensão nas negociações. Veneziano lembrou que a convenção do PMDB será no domingo, e não há muito mais tempo para delongar entendimentos.
Resultado: em vez de dividirem a pamonha junina, PMDB, PT e PSC vão passar esses dois dias, com jogo da seleção brasileiro de permeio e o dia de São João pulando a fogueira das divergências.