Escândalo no Porto: sindicato denuncia pagamento milionário a dirigentes
Mais um capítulo na crise das Docas de Cabedelo. Como se sabe, no mês de março, o então presidente Wilbur Jácome ofendeu a presidente Dilma, e ex Lula e o PT, durante uma reunião de trabalho e, logo depois, pediu exoneração. Meses depois, sindicalistas denunciaram que ele continuava “dando as cartas no Porto”.
Nesse intervalo, a direção do Porto chegou a emitir cheques sem fundos, após ter as contas bloqueadas por inadimplência no pagamento do Sindicato dos Portuários. Agora, mais um escândalo: segundo José Ramos, presidente do Sindicato, as Docas acertaram um acordo milionário de R$ 281 mil com o vice-presidente Antônio Ricardo, e mais R$ 240 mil com Wilbur, sem qualquer perícia técnica.
Confira a denúncia do presidente do Sindicato na íntegra:
“Passamos 20 anos lutando pra ter o direito reconhecido como trabalhador em área de risco. Em 2001 conseguimos com muita luta, depois do processo passar pelos TRT13; Tribunal Superior do Trabalho e STF (Supremo Tribunal Federal) assegurar que o Porto (de Cabedelo) começasse a nos pagar 40% de risco de vida nos nossos contracheque.
Em 2010, com uma gestão voltada ao desenvolvimento do Porto e se preocupando com o social, fizemos um acordo de mãe pra filho, pois, o débito do porto com o sindicato é de aproximadamente R$ 30milhões. Porém, fizemos um acordo que o Porto começaria a pagar 5% de R$ 500.000,00 mais 10% do que passar dos R$ 500.000,00, valor ficou congelado, bom pra o Porto.
Na gestão do Sr. Wilbur, ele fez a cabeça do nosso governador (Ricardo Coutinho), dizendo-lhe que o sindicato estava tentando inviabilizar o desenvolvimento do Porto e consequentemente da Paraíba. Toda sua gestão foi contra este acordo da gestão anterior.
Pois bem, com o pedido de sua exoneração em março de 2014, depois que ele esculhambou a nossa presidente (Dilma Rousseff – mais em http://goo.gl/MhCp0q ), em um passo de mágica, ele com a conveniência do setor jurídico(todos comissionados do Wilbur) fizeram um acordo criminoso com o vice-presidente (Antônio Ricardo) do Porto e num prazo de 21 dias, veja bem, 21 dias, aprovaram pagamento de risco de vida pra o vice-presidente num valor de R$ 281.397,00 sem nenhuma contestação, sem perícia e tem mais, segundo consta, o próprio Wilbur, junto com o setor jurídico fez um acordo administrativo pra ele próprio receber R$ 240.000,00 em três suaves prestações de R$ 80.000,00.
Agora perguntamos: aonde anda o conselho fiscal, o Consad, o TCE, a Procuradoria do Estado, que conseguiu suspender o salário base do engenheiro pinto que vinha há mais de 20 anos recebendo salário base da categoria?
Há dois meses o diretor do porto passou cheque sem fundo pra categoria dizendo que não disponha de dinheiro, e agora paga de uma só lapada, o dinheiro da vice presidente.”