Marina aceita condições e PSB deve anunciar sua candidatura na quarta
O PSB aparentemente superou as divergências internas e caminha para anunciar a candidatura de Marina Silva à presidente, na próxima quarta-feira (dia 20), quando a direção nacional se reúne para formalizar sua decisão. Três fatores foram determinantes: Marina aceitou ser candidata, concordou em respeitar as alianças estaduais e admitiu esposar o discurso desenvolvimentista de Eduardo Campos.
As manifestações públicas da viúva de Eduardo Campos, Renata Arraes, e de seu irmão, Antônio Campos, em favor de sua candidatura foram elementos preponderantes para Marina concordar em disputar, aceitando os termos de um acordo com a cúpula do PSB, segundo admitem assessores de Marina. A dúvida fica, a partir de agora, sobre quem será seu vice.
Roberto Amaral, que assumiu a presidência nacional do PSB, era um dos entraves ao acordo. Ele fazia restrições ao fato de Marina admitir deixar o partido para fundar o Rede, após as eleições. Mas, ele sofreu forte pressão de correligionários para apoiar Marina, e evitar que o partido viesse a se fragmentar na eventualidade de não lançar candidato próprio ou um nome de pouca expressão para a disputa.
Candidatos a vice – Diante da definição da candidatura de Marina, resta a escolha do candidato a vice . Os nomes mais cotados são os deputados Beto Albuquerque (RS), atualmente candidato ao Senado, e Júlio Delgado (MG), além dos pernambucanos Maurício Rands, ex-deputado, e Fernando Bezerra, ex-ministro da Integração Nacional.
Generosidade – Durante as negociações das últimas horas, Marina revelou que pretende conduzir a campanha como Eduardo Campos tinha projetado, e fez questão de frisar que ele tinha sido muito generoso com ela e seu agrupamento quanto absolveu o Rede. Ela finalizou, afirmando ter chegado a hora de expressão gratidão ao gesto de Campos.