Marina vai a 21%, bate Aécio e ameaça Dilma no 2º turno, diz Datafolha
A primeira pesquisa Datafolha após a morte de Eduardo Campos trouxe, como se esperava, dor de cabeça tanto para a presidente Dilma, candidata do PT, quanto para o senador Aécio Neves, do PSDB. Nem Dilma, nem Aécio perderam pontos, é verdade, em relação à pesquisa anterior, mas Marina Silva, virtual candidata do PSB, saltou a 21% na largada.
Na pesquisa anterior, o candidato do PSB, Eduardo Campos, tinha apenas 8%. Ainda segundo o Datafolha, numa simulação de segundo turno, há um empate técnico entre Dilma (43%) e Marina (47%), dentro da margem de erro de 2%. Mas, é evidente a tendência de crescimento de Marina sobre Dilma. A preço de hoje, a reeleição de Dilma estaria realmente ameaçada.
De onde vieram os votos de Marina? Além do percentual atribuído a Campos (8%), ela foi amealhar entre os que, na pesquisa anterior, sinalizavam para votar em brancos/nulos ou se revelavam indecisos. Brancos e nulos representavam 14%. O percentual caiu para 8%. Já os indecisos, conforme esta última pesquisa Datafolha recuaram de 14% para 9%.
Ou seja, Marina foi buscar o voto de quem não estava interessado em votar em Dilma ou Aécio. Como, aliás, já ocorreram na eleição anterior (2010), quando obteve mais de 20 milhões de votos, entre os que não queriam Dilma, nem Zé Serra. Marina altera realmente o quadro da disputa. Seja como seu cacife pessoal, seja com o elemento emocional que dominou a disputa após a morte de Eduardo Campos.
Finalmente, outro elemento a se destacar é o quesito da rejeição. Nesta pesquisa, Dilma lidera com 34%, quase o dobro de Aécio (18%), e três vezes mais do que Marina (11%). Ou seja, um terço dos brasileiros não votaria na reeleição da petista. Um dado que deve aumentar ainda mais a preocupação dos seus marqueteiros.
Governo Dilma – Mas, há um dado animador para a presidente Dilma. Segundo o Datafolha a sua administração tem a aprovação de 38% dos eleitores, em contraponto ao levantamento anterior, divulgado em 17 de julho, que era de apenas 32%. No percentual de aprovação do governo considera-se o “bom” ou o “ótimo”.