Nadja diz ter sido surpreendida com apoio do PT a RC e adere a Cássio
A adesão da ex-deputada Nadja Palitot à candidatura do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) guarda algumas peculiaridades. Primeiro, a rejeição à aliança que seu partido, o PT, fez em torno da candidatura do governador Ricardo Coutinho. Apesar de que, além de licenciar do PT, Nadja entregou o cargo que tinha na Prefeitura, e jura manter apoio à candidatura de Lucélio Cartaxo ao Senado.
Mas, a adesão Nadja, de certa forma, representa mais um capítulo na pendenga antiga que mantém com Ricardo. Como se sabe, Nadja era presidente do PSB estadual e desfrutava de enorme prestígio junto ao ex-governador Miguel Arraes. Até que… decidiu filiar Ricardo ao partido. Logo que se elegeu prefeito, Coutinho cuidou de arrebatar o controle do partido e defenestrou Nadja.
A adesão de Nadja até pode ser encarada como uma vendeta. Afinal, durante o anuncio da adesão a Cássio na API, ela fez questão de frisar que não tinha como votar em RC. E revelou ter sido surpreendida com a formalização da aliança do PT com o governador. Não esperava. Assim, julgou melhor se licenciar e fazer um derradeiro pedido na despedida: que a direção petista não deixe Ricardo assumir os destinos do partido.
Para o senador Cássio, a adesão de Nadja traz esse simbolismo especial de atrair um integrante da aliança comandada por Ricardo para seu projeto de disputar o Governo.