Movimento cultural critica Governo e detona secretário: “É inoperante”
O movimento “Cultura é Prioridade” tem criticado duramente o secretário Chico César (Cultura) e o governador Ricardo Coutinho, em sua página no Facebook, por conta do que consideram de inoperância na área cultural. “NÃO existe política cultural e que NÃO existe secretário de Cultura. Este marionete que foi nomeado secretário é inoperante, para não dizer parasita”, diz o poeta Ed Porto.
Eles até postaram um foto em que Chico César recebe as reivindicações do pessoal da cultura, mas “não deram em nada”. Segundo o movimento, “tratava-se de 23 reivindicações assinadas pelo Movimento CULTURA É PRIORIDADE e mais 10 fóruns setoriais de cultura de João Pessoa, entregues aos governos municipal e estadual em junho de 2013. Posteriormente também não tivemos resposta de ofício ao gabinete pedindo audiência com o governador”.
Diz a nota na íntegra:
“A campanha de Ricardo Coutinho utilizou esta fotografia do Secretário de Cultura Chico César recebendo uma carta de militantes em manifestação pela cultura, destacando diálogo na atual gestão. Acontece que esta mesma carta da foto nunca foi debatida, sequer respondida pelo governo. Tratava-se de 23 reivindicações assinadas pelo Movimento CULTURA É PRIORIDADE e mais 10 fóruns setoriais de cultura de João Pessoa, entregues aos governos municipal e estadual em junho de 2013. Posteriormente também não tivemos resposta de ofício ao gabinete pedindo audiência com o governador.
Leia a carta na íntegra: http://bit.ly/1pi8cKV
A reestruturação do Conselho Estadual de Cultura também vem sendo exaltada na campanha como realização de diálogo do governo. Acontece que este Conselho iniciou e encerrou dois anos de mandato, de 2012 a 2014, sem nunca ter publicado absolutamente nenhum ato nem ata. Sequer o regimento interno foi elaborado. Simplesmente não existe nenhum registro público de que o Conselho funcionou de fato. Lembramos que a presidência do conselho é estritamente ocupada pelo secretário, sem possibilidade de alternância entre sociedade civil e poder público, sendo sua responsabilidade a condução dos trabalhos..
Bom saber que o governo e a Secult estão muito bem lembrados (até foto eles tem) de que o setor cultural da sociedade civil tem constantemente solicitado o diálogo. No entanto, dados os fatos citados, não reconhecemos que haja, até este momento, diálogo com o movimento cultural que tenha de fato produzido consequência na atual política cultural do estado.
O conselho ainda não deu em nada, a Conferência Estadual de Cultura ainda não deu em nada, e essas tantas reuniões no interior do estado, que pareciam ter como propósito a elaboração do Plano Estadual de Cultura, também ainda não deram em nada.
Aproveitamos o fato para provocar mais uma vez o governador a se expôr ao debate da cultura, como nunca antes em seu governo. Propomos uma sabatina transmitida ao vivo via internet, organizada pela sociedade civil e realizada em ambiente neutro, para debater as reivindicações do setor, as críticas da atual gestão e os compromissos que está disposto a assinar.”
Comentário do poeta Ed Porto:
“Brava gente,
não provoque o Governador agora. Estamos em campanha eleitoral e é provável que ele se exponha e que assine “compromissos” porque está perdendo nas pesquisas. Vocês bem sabem que NÃO existe política cultural e que NÃO existe secretário de Cultura. Este marionete que foi nomeado secretário é inoperante, para não dizer parasita. Acha que o inimigo é Cássio, quando ele próprio é o que mais prejudica o Governo que não percebe porque parece encantado com o tal projeto intitulado PRIMA (que de fato é PRIM porque o A de Artes não existe). Este projeto já gastou muita grana na compra de instrumentos e na folha de pagamentos de professores de música, e seu resultado é pífio. Procure saber o montante investido e o resultado disso tudo. Vejam bem, são 4 anos e este é o único projeto que poderíamos incluir no rol das políticas culturais do Estado. A reforma incompleta do Espaço Cultural e de dois teatros paraibanos (Santa Rosa e Íracles Pires) não deve ser contabilizada como política cultural. Isso me parece mais da alçada da Secretaria de Infraestrutura do Estado e não da SECULT, assim como a reforma do Cine São José. O Festival de Areia também não conta. Os festivais são eventos que promovem pouco a formação cultural dos paraibanos. Parte do dinheiro usada neles, e em shows musicais, deveria ser investida na promoção da formação cultural dos paraibanos ou até aplicada num FIC da vida.
Brava gente, o Conselho, a Conferência e as reuniões (artifícios para enxugar gelo) não deram nem darão em nada porque NÃO existe vontade política nem competência no “secretário” que ocupa a SECULT nem no “Governador” (este acha que apenas obras lhe botarão de novo no Palácio da Redenção e na Granja). Minha gente, Cartas e Abaixo-assinados (eu vi dois abaixo-assinados sendo entregues pela turma do audiovisual ao “secretário”) se mostraram instrumentos ineficientes. Votos me parecem mais indicados para mudar estes incultos de plantão. Saúde e sorte.”
Mais em http://goo.gl/bWVRf6.