Caso do propinoduto: por que o Ministério Público não se pronuncia?
O secretário Cláudio Lima (Segurança) confirmou a ação da blitz e a apreensão de R$ 81 mil, com os bilhetes dando indicações dos beneficiários. O seu adjunto Raimundo José Araújo Silvany também, inclusive admitindo crime “crime de corrupção ativa e passiva”. E, pra arrematar, o próprio governador Ricardo Coutinho assume, em nota oficial, que houve a apreensão do dinheiro.
E o Ministério Público do Estado não vai dizer nada? Não vai se pronunciar, por exemplo, sobre o destino dado ao inquérito policial que foi remetido pela Secretaria de Segurança Pública em 2 de julho de 2011, sobre um dinheiro apreendido em 4 de julho, muito à propósito Dia de Ação de Graças? A menos que os documentos tenham sofrido a ação do estranho fenômeno conhecido como combustão espontânea.
Ora, a própria nota oficial do Governo do Estado diz: “O caso não prosperou junto ao Ministério Público do Estado, que tomou conhecimento à época após determinação do próprio governador Ricardo Coutinho.” Tomou conhecimento e não vai dizer nada? Poderia pelos menos explicar à população por que “o caso não prosperou”.