Denúncia da propina: MP inicia trabalho mas admite que investigação será lenta
O Ministério Público do Estado já iniciou diligências para investigar a denúncia protocolada, na semana passada, pelo Fórum dos Servidores do Estado, sobre o suposto pagamento de propinas a quatro auxiliares do governador Ricardo Coutinho. “Tudo será devidamente investigado”, afirmou promotor José Raldeck, coordenador da Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade Administrativa (Ccrimp).
Segundo o promotor, não será um trabalho rápido, porque no período em que ocorreu o episódio da blitz, seguida da apreensão do dinheiro e documentos, nem tudo no MPE era automatizada, e agora toda essa documentação terá que ser digitalizada para facilitar a investigação: “Por conta dessa dificuldade técnica, vamos ter que verificar processo por processo.”
A denúncia – Em 30 de junho de 2011, durante a realização de uma blitz de rotina, os policiais mandaram um motorista parar para averiguações. De forma inesperada, ele tentou evadir-se, mas não conseguiu furar o cerco policial.
Dentro de um veículo Volkswagen Fox de placas DYE-5922, os policiais encontraram R$ 81 mil, em espécie. O dinheiro tinha sido sacado numa agência do Banco do Brasil, em Recife. Junto, os policiais encontraram um papel branco com as seguintes marcações: G – 28.000,00; L – 10.000,00; C – 39.000,00; Dra. Laura 4.000,00. Somando, totalizava precisamente… R$ 81 mil. Mera coincidência.
No curso das investigações, descobriu-se que “G” seria de Gilberto Carneiro (procurador geral do Estado, “L ” de Livânia Farias (secretária de Administração), “C” – Coriolano Coutinho (Irmão do governador) e Dra Laura (Farias) da Sudema. Mas, então, aconteceu algo inexplicável e paranormal: o inquérito que deveria ser remetido ao Ministério Público… sumiu.
Esse é o teor da denúncia que vazou nas redes sociais e foi protocolada, na semana passada, pelo Fórum dos Servidores da Paraíba junto ao Ministério Público do Estado, pedindo uma apuração rigorosa dos fatos.