PMDB anuncia adesão a Ricardo com aval de Michel Temer
Era a crônica de uma adesão anunciada. Desde que foi confirmada a vinda do vice-presidente Michel Temer para a reunião do PMDB, esta quarta (dia 8) estava claro o sinal de que o partido iria compor com o governador Ricardo Coutinho, obedecendo a uma orientação nacional da presidente Dilma e do PT. Vários elementos conspiraram a favor.
É até possível que o senador Cássio Cunha Lima não tenha conseguido chegar junto para dialogar com o PMDB de Vital e Veneziano, por conta das diferenças em Campina Grande. Mas, a verdade é que o governador foi muito ágil em anunciar apoio a Dilma, mal esfriaram as urnas de primeiro turno. O que precipitou o convite de Dilma para o senador eleito Zé Maranhão ir a Brasília.
O mais veio por tabela. A presença de Temer foi o fator oficial para chancelar a aliança. E Ricardo só esperou pela reunião, meramente protocolar do PMDB, para ir à sede do partido bater o martelo daquilo que já havia sido acordado antes. E não foi uma adesão qualquer. Foi a adesão oficial do PMDB, com dois senadores (Vital e Maranhão) e dois federais (Hugo Mota e Veneziano), afora os estaduais.
Haverá dissidência. Isso está claro nas recentes declarações dos deputados Manuel Júnior, Trócolli e Gervásio Filho. Mas, o fato é que o partido fechou com Ricardo, levando a sua grife e um peso eleitoral nada desprezível nessa disputa de tiro curto do segundo turno.