Sem acordo, MPs do Mal serão decididas no voto
As partes bem que tentaram. Mas, não houve acordo. Representantes do Governo, da Assembleia e dos servidores estaduais voltaram a se reunir nesta segunda (dia 16), para tentar um consenso em torno da votação das Medidas Provisórias 183 (já votada), 184 (parcialmente votada) e 185, esta a mais polêmica, que trata, dentre outros dispositivos, da revogação da Lei do Subsídio.
Foram duas horas de debate. O sindicalista Victor Hugo, presidente do Sindifisco, deixou a reunião se queixando: “O Poder Legislativo cumpriu o seu papel, mas faltou bom senso para o Governo do Estado, já que a categoria cedeu em vários pontos, mas ele quer passar da forma que entende as MPs na Assembleia. Apesar do esforço do presidente Ricardo Marcelo, as negociações não avançaram”.
Para o líder do Governo, deputado Hervázio Bezerra, o problema é de desconfiança entre as partes: “Esbarramos num processo recíproco de desconfiança entre o Governo e o Fisco. Não estou dizendo quem tem razão. Daí, quando não há uma confiança fica difícil chegarmos a um entendimento. Ambos cederam, mas ficamos pendentes em alguns pontos.”
Com o impasse, o destino das MPs do Mal será decidido no voto. Como disse o deputado Aníbal Marcolino: “Ganha quem tiver mais votos”. Aníbal suspeita que o pessoal do Fisco não tem mais o apoio do deputado João Gonçalves, depois que ele nomeou uma irmã para o IASS (antigo Ipep).