Crise na Sinfônica: maestro foi criticado por ex-regente pela postura arrogante
Já não é novidade que a Orquestra Sinfônica da Paraíba vive um momento de intensa crise. Relatos de músicos indicam, entre tantos, rescisão de contratos e absoluto descompromisso em manter os integrantes da OSPB, que já foi uma das mais respeitadas do Brasil.
Um ex-regente da Sinfônica da Paraíba, John Neschling publicou em seu blog (em março de 2011) uma carta aberta, criticando a forma de agir do maestro Alex Klein, que atualmente comanda a orquestra. Num trecho, Neschling adverte: “Sua passagem pela direção do Teatro Municipal de São Paulo foi fugaz e estéril.”
Neschling critica sua maneira de tratar os músicos: “Uma orquestra não produz suco de laranja, petróleo nem aviões, e seus músicos não devem ser encarados como burocratas ou fornecedores. Sempre me bati contra essa mentalidade reducionista. Antes de mais nada, porque uma orquestra não dá lucro. Seus ganhos são mensurados por critérios muitos diferentes.”
E relata também: “Seu primeiro conflito no único cargo importante que tentou ocupar como diretor de um grande teatro, resultou na sua demissão depois de três meses no posto.” Klein foi nomeado para a OSPB por indicação do secretário Chico César (Cultura).
Em sua posse, Chico pontuou: “Alex Klein vai se transferir para João Pessoa e se dedicará à implementação de uma nova metodologia no funcionamento da orquestra, a partir das dimensões artística e social.” E anunciou que sua prioridade seria a criação de um “Sistema Estadual de Orquestras”.