Por que Tião e Aldemir admitem traição na eleição de Galdino para AL?
Não é a toa que os deputados Tião Gomes (PSL), partidário do governador Ricardo Coutinho, e Zé Aldemir (PEN), aliado do senador Cássio Cunha Lima, vêm admitindo a possibilidade de traição na eleição para preside te da Assembleia. Os dois admitem que vários de seus colegas que assinaram a tal lista em favor de Adriano Galdino, candidato do governador, podem não votar nele.
As últimas eleições para a Assembleia mostraram que acertos feitos como muita antecedência podem não se concretizar na hora do voto. Há casos emblemáticos na Paraíba. Na disputa pela presidência da Câmara de João Pessoa, em 2004, a então vereadora Nadja Palitot, candidata do então prefeito eleito Ricardo Coutinho, foi dormir eleita, e acordou derrotada por Severino Paiva, apoiado por Cícero Lucena.
Na Assembleia já ocorreu casos similares, inclusive na primeira eleição de Ricardo Marcelo. Dai porque os deputados deram tão pouca atenção à lista apresentada por Galdino, com 20 supostos apoiadores de sua postulação. Até porque Ricardo Marcelo, provável candidato contra Galdino, ainda nem confirmou sua postulação. Isso, obviamente, não quer dizer que Galdino não será eleito.
Quer dizer apenas que o jogo ainda nem começou. Os derradeiros dias da disputa, sim, serão decisivos para a sorte dos candidatos. Dai porque Tião e Aldemir advertem que muita gente que, hoje, assina lista de apoios, pode ter mudado de ideia após comer o peru de natal.