Ficha cai no PT: partido já admite que PSB pode não apoiar reeleição de Cartaxo
Demorou mas, enfim, caiu a ficha no PT. Pelo menos a julgar pelas mais recentes declarações do presidente do partido, Charlinton Machado, quando admitiu que a aliança com o PSB do governador Ricardo Coutinho tinha prazo de validade para a eleição de 2014 apenas. Ainda segundo Charlinton, não há (mais) pressão para o partido integrar a gestão do prefeito Luciano Cartaxo.
O desfecho era tão transparente, que é de causar espécie o PT demorar tanto para compreender. Ora, o governador, desde o início da formatação de seu segundo Governo, deu claras demonstrações de preferir o PMDB ao PT como parceiro de longo curso. Depois, há uma recomendação interna de seu partido para não se compor com os petistas, já que o PSB está na oposição ao Governo Dilma.
Finalmente, está mais do que evidente que o PSB terá candidato próprio à Prefeitura de João Pessoa. Participar da gestão de Cartaxo agora iria causar constrangimentos mais adiante, na hora de romper para seguir com seu projeto de candidatura própria. Então, era apenas questão de tempo. O estranho, diante desse desfecho, é o PT manter militantes no Governo do PSB, numa aliança de mão única.
Divisão – O mais interessante, para arrematar, é o fato dessa “aliança” provocar cizânia dentro do PT. Nos últimos dias, os deputados Frei Anastácio e Anísio Maia trocaram farpas, porque enquanto Anastácio denunciava o óbvio, ou seja, que a aliança não tem longevidade para 2016, seu colega de bancada, dizia exatamente o contrário, esposando outro credo. Nesse caso, não vale o preceito cristão, que diz: “Até que a morte os separe!”