Funcionários do IPEP desabafam: “A justiça tem que ser cumprida, não aguentamos mais”
O desabafo foi verbalizado pela presidente do sindicato dos funcionários do IASS, antigo Ipep, Tânia Bezerra: “A justiça tem que ser cumprida, não aguentamos mais.” Segundo Tânia, afora aqueles que morreram (mais de 18), após contraírem doenças cardíacas, algumas provocadas pelo estresse e a indignação, os funcionários se “encontram exaustos fisicamente e psicologicamente”.
“De tanta injustiça, estamos perdendo o direito cívico e extrapola-se o limite da razão. É visível o grito sufocado na garganta de todos os funcionários e o medo estampado na face de cada um, imposto pela situação. A justiça tem que ser cumprida, não aguentamos mais, trata-se única e somente do cumprimento daquilo que foi determinado através de ordem judicial ”, acrescenta a sindicalista.
Tânia lembra que “essas injustiças já se arrastam há quase quatro anos e cinco meses e isso é um desrespeito aos funcionários e a própria Justiça.”
Caso Ipep – Como se sabe, o Governo do Estado segue afrontando uma decisão judicial, negando-se a reimplantar a correção salarial nos vencimentos dos funcionários ao IASS (antigo Ipep). Desde setembro do ano passado, o juiz Gutemberg Cardoso (3ª Vara da Fazenda) havia sentenciado o Governo Ricardo Coutinho a repor os valores que foram suprimidos dos salários dos funcionários (veja embaixo).
Apesar da sentença do magistrado, o governador Ricardo Coutinho vem se negando a atualizar os contracheques. Em vez disso, o Governo impetrou um agravo recorrendo da decisão do juiz. Segundo Tânia Bezerra, presidente do sindicato dos servidores, à época, foi mais uma manobra do governador “para procrastinar uma decisão da Justiça, já que o direito é líquido e certo”.