Secretario é acusado de usar cargo para pressionar, demitir e nomear servidores
O deputado Adriano Galdino surpreendeu a praça política no final de semana, ao externar sua insatisfação com o secretário Fábio Maia (Chefia de Gabinete), presidente de seu partido (PSB) em Campina Grande. A principal queixa de Galdino é o fato, confessado por ele, de não estar sendo ouvido nas decisões que Maia toma na cidade. Mas, há uma acusação grave.
“Não sou ouvido para nada”, revelou Galdino. Adriano acusou o presidente do partido de “querer monopolizar todas as ações do partido em Campina Grande, sem ouvir os companheiros”. E então fez a acusação mais grave: “Ele (Fábio Maia) usa a força do seu cargo, como secretário, para pressionar, colocar e retirar prestadores de serviço.”
Esse, então, parece ser o ponto nevrálgico da relação entre eles. Fábio estaria formatando uma base de aliados e, pelo visto, usando o instrumento da nomeação de servidores, para pavimentar sua candidatura a vereador em 2016. Só que a sua ação vem atropelando o vereador do partido, Murilo (irmão de Adriano) Galdino, que deve disputar a reeleição.
As declarações de Adriano devem acender a luz amarela junto ao governador Ricardo Coutinho, ante a denúncia de que seus auxiliares estão usando o cargo com finalidades eleitoreiras (ele que responde 12 AIJEs pro abuso de poder e uso da máquina) e também junto à Justiça Eleitoral, que precisa ficar atenta a esse tipo de movimentação.
Minimiza crise – Em nota divulgada na manhã desta segunda (dia 27), o secretário Luis Torres (Comunicação) afirmou que “é uma questão pontual, com espero que seja contido o mais rápido possível, apenas o bom senso será necessário para que esta discussão fique dentro dos limites do tolerável de cada projeto”.