Cássio emplaca CPI dos Fundos de Pensão: “Aplicaram dinheiro até na Venezuela”
Enquanto o Palácio do Planalto comemorava a aprovação do ajuste fiscal (pelo placar de 252 a 227 votos), o senador paraibano Cássio Cunha Lima emplacava seu objeto do desejo mais recente: a CPI dos Fundos de Pensão, que foi protocolada com 27 assinaturas, número suficiente para a CPI ser instalada pelo Senado Federal.
O Governo Dilma tinha até a meia-noite para tentar reverter algumas das assinaturas, mas não conseguiu. Resultado: a partir de agora, os líderes partidários terão cinco dias para indicar os representantes das legendas na CPI, que terá 11 membros. Há grandes chances do tucano vir a presidir ou ser o relator da comissão, que promete agitar a Casa.
Estarão na mira das investigações principalmente os fundos de pensão Petros (Petrobras), Postalis (Correios) e Previ (Banco do Brasil). Segundo Cássio, “funcionários dos Correios terão desconto em seus salários para cobrir um rombo de R$ 5,6 bilhões do Postalis, pois até título da Venezuela compraram. Como alguém em sã consciência compra título público do governo da Venezuela?”
Já o Petros, pelo segundo ano consecutivo, apresentou um déficit técnico de R$ 6,2 bilhões, segundo um relatório elaborado por dois conselheiros independentes, e o resultado negativo deverá se repetir este ano. “Isto tudo precisa ser investigado, porque são bilhões aplicados de forma indevida, sacrificando a aposentadoria dos funcionários”, pontuou o tucano.