Instituto Lula considera arbitrária abertura de inquérito do Ministério Público contra petista
O fato que provocou mais abalos sísmicos, esta quinta-feira (da 16) no plano nacional, foi sem dúvida a decisão da Procuradoria da República no Distrito Federal abrir inquérito para investigar suposto tráfico de influência internacional do ex-presidente Lula. O petista é suspeito de favorecer a Construtora Odebrecht em obras financiadas pelo BNDES.
Outro fato não menos relevante foi a reação de advogados do ex-presidente, que se manifestaram através do Instituto Lula. Em nota (uma pela manhã, outra já á tarde), o Instituto afirmou que abertura do inquérito “trata-se de um procedimento absolutamente irregular, intempestivo e injustificado, razão pela qual serão tomadas as medidas cabíveis para corrigir essa arbitrariedade no âmbito do próprio Ministério Público, sem prejuízo de outras providências juridicamente cabíveis”.
O caso – A Revista Época trouxe, numa edição do mês de maio último, revelou documentos mostrando que o BNDES teria fechado financiamento de aproximadamente US$ 1,6 bilhão (R$ 4,8 bilhões) beneficiando a Odebrecht, depois que Lula, já como ex-presidente, se encontrou com os presidentes de Gana e da República Dominicana, tendo viajado com dinheiro da empreiteira.
Dentre os empreendimentos intermediados pelo ex-presidente, ainda segundo a Época, constam obras de modernização de aeroportos e portos, rodovias e aquedutos, executadas com empréstimos de baixo custo do BNDES.
Também em nota, a Odebrecht reagiu à abertura do inquérito contra Lula, afirmando que a empresa “tem seus contratos celebrados de forma regular e em conformidade com as leis aplicáveis no Brasil e no exterior, sem qualquer tipo de interferência de terceiros”.
Confira abaixo o despacho do procurador da República Valtan Timbó Mendes…