Caso Rennan: prefeito confirma denúncia de ex-tesoureiro e deputado afirma ser factóide
A guerra se tornou aberta entre o prefeito Romero Rodrigues e o deputado Veneziano, na esteira das denúncias do ex-tesoureiro Rennan Trajano Farias, publicadas pela Folha de São Paulo. Segundo Romero, “as denúncias são todas procedentes” e ainda acrescentou que “vários balancetes (no período de Veneziano) foram montados de forma fraudulenta”.
“Vários extratos que não correspondiam em suas informações numéricas com os documentos originais dos bancos, vários cheques, tidos como pagos a empresas que supostamente prestaram serviços, eram repassados a pessoas, deixando patente o desvio de recursos públicos”, acrescentou Romero. O procurador-geral do Município, José Mariz, classificou o caso como “crimes de inteligência”.
Já o ex-prefeito Veneziano lamentou “que o prefeito e seu procurador tenham ido a público questionar as análises das prestações de contas, feitas pelo Tribunal de Contas da Paraíba”. E negou que “80% das obras tidas como realizadas na gestão anterior não tenham prestação de contas, como afirmaram”. E arrematou: “A afirmação é um desrespeito ao tribunal, que analisou e aprovou 90% de todas as suas contas, faltando apenas as de 2012.”
“Ora, como o procurador diz que não há prestação de contas? No afã de querer criar factoides ele desconhece tudo o que fizeram os técnicos, os auditores, os conselheiros, que tiveram um extenso trabalho para visitar, vistoriar, medir, comparar medições e pagamentos, enfim, analisar todas as contas. Então o TCE criou as aprovações?”, indagou o deputado.
Mariz revelou ainda que, desde novembro do ano passado, vem fazendo levantamento das irregularidades e a denúncia de Rennan Trajano se constitui num importante ingrediente à investigação dos órgãos fiscalizadores: “Crime de inteligência é difícil captar. Você precisa de indícios, de denúncias, demanda tempo. Mas estamos conseguindo levantar tudo e tomar as providências que cada caso requer, procurando trazer de volta o dinheiro desviado da prefeitura e responsabilizar os culpados.”