Caso do Porto: de tanto só pensar naquilo, governador esqueceu do dever de casa
De tanto só pensar naquilo, ou seja, em ser uma liderança nacional, o governador Ricardo Coutinho esqueceu do básico, de fazer o dever de casa. Veja esse caso do Porto de Cabedelo. Há meses, a cidade vivenciava a aflição, ante a iminente da retirada das operações de cabotagem da Petrobrás. A retirada significaria mais desemprego e um baque no ICMS do Município. E, claro, do Estado.
E o que fez o governador? Bem, ele… batizou o futuro Viaduto do Geisel com o nome do ex-governador Eduardo Campos (!). Com tanto prestígio que diz ter com o Governo Dilma Rousseff, nada fez para impedir a retirada da Petrobrás. Das duas, uma: ou não tem o prestígio que insinua ter com a presidente Dilma, ou o Porto de Cabedelo não é prioridade, em seu projeto de ser… liderança nacional.
Foi preciso que o deputado Hugo Mota e o prefeito Leto Viana mobilizassem esforços, para convencer a diretoria da Petrobrás a rever sua decisão de retirar as operações de cabotagem do Porto de Cabedelo. O desfecho desse caso mostra como muitas vezes propaganda e bazófia demais não se afinam com seriedade na condução da gestão pública. O cidadão prefere menos propaganda, e mais ação.
Nesse caso, talvez por ausência de combustível e excesso de vaidade e prepotência, faltou ação do governador. O que terminou sobrando no prefeito e no deputado. Para o Governo do Estado, restou apenas a fuligem do descaso.