CPI aprova quebra de sigilo das empresas envolvidas em denúncias do ex-tesoureiro
Se a CPI da Petrobrás, na Câmara Federal, não vem mais produzindo muitos fatos de peso nos últimos dias, outra comissão vem. A CPI que investiga denúncia do ex-tesoureiro Rennan Trajano de Farias, em Campina Grande, foi instalada e já iniciou com tudo: uma das primeiras iniciativas foi determinar a quebra do sigilo fiscal e telefônico de vários envolvidos no esquema.
A decisão atingiu as empresas Compec, Comtérmica e JGR Construções, com seus respectivos representantes legais. Segundo o vereador João Dantas, presidente da CPI, “a partir dessa documentação que iremos obter com a quebra do sigilo, teremos mais elementos para convocar os empresários a prestar depoimentos, além do ex-tesoureiro e demais envolvidos”.
Troca de farpas – Nos últimos dias, intensificou-se uma troca de farpas entre o ex-prefeito Veneziano e o atual, Romero Rodrigues. Segundo Veneziano, o ex-tesoureiro Rennan Trajano teria sido financiado pelo Palácio do Bispo (sede da Prefeitura) para apresentar as denúncias contra ele e seu irmão, o ministro Vital Filho. Denúncias que ele considera falsas.
Em resposta, o prefeito Romero afirmou: “Eu concordo que, realmente, o ex-tesoureiro foi financiado pelo Palácio do Bispo, mas certamente foi na gestão dele (Veneziano). Aliás, a confiança entre o deputado e o ex-tesoureiro era grande, pois ele (Rennan) chegou a confiar até sua Carteira de Motorista para o deputado frequentar ambientes impróprios”.