Mas, afinal, o que deu nos advogados Pires e Weick para romper com aliados?
Pouca gente está entendendo essa dança de advogados na Paraíba. Num dia, Marcelo Weick deixa sua parceria com o PMDB, para assumir a coordenação jurídica da campanha de Estelizabel Bezerra, do PSB. No outro, o advogado Luciano Pires anuncia seu desligamento do senador Cássio Cunha Lima, se negando a participar de campanhas apoiadas pelo tucano.
Marcelo Weick, como se sabe, foi o ícone da cassação do então governador Cássio Cunha Lima, atuando como advogado do ex Zé Maranhão. Já Luciano Pires foi o principal advogado que trabalhou para Cássio, na Paraíba, no prolongado julgamento de sua cassação. Pires se transformou no símbolo da resistência do tucano, desde a decisão do TRT-PB até o veredicto final no TSE.
O detalhe é que os dois, ao formalizarem o rompimento com os antigos clientes, deixam claro que irão trabalhar para seus adversários. Weick com o coletivo do governador Ricardo Coutinho. Pires, com todos os candidatos que “não sejam apoiados por Cássio”. Posições diametralmente opostas, que parecem revelar bem mais do que foi tornado público até o momento.
Weick, até onde o Blog pode apurar, se queixa de ter não ter recebido o devido tratamento do de Zé Maranhão, inclusive no quesito dos honorários. Pires rompeu o contrato com o senador tucano, falando em ingratidão, após décadas de dedicação exclusiva. Pelo que se comenta, Pires esperava pelo apoio de Cássio para alguns projetos, quando ele assumiu o Senado.
Mas, há sempre quem veja o pior. A adesão de Weick a Ricardo Coutinho e, por tabela, ao seu aliado Cássio, teria sido a gota d’água para Luciano Pires. Ele bem poderia ter sido contratado para fazer a campanha de Estelizabel, se Cássio tivesse interferido em seu favor. No entanto, podem ser apenas especulações, dentre as muitas que vicejam no Estado.