Mas, afinal o que o governador Ricardo Coutinho tem contra a API e os jornalistas?
Custei a crer. Não fosse ter sido notícia de Rubens Nóbrega, certamente teria questionado essa ofensiva do governador Ricardo Coutinho contra a API (Associação Paraibana de Imprensa). Mas, a verdade é que RC mandou alterar, via projeto de lei, a composição do Conselho de Proteção dos Bens Históricos e Culturais vinculado ao Iphaep (Instituto do Patrimônio Histórico da Paraíba) e atingiu a API…
Como resultado da decisão do governador, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Paraíba (CAU-PB) terá uma cadeira no Conselho, enquanto a API perderá a sua para a Procuradoria Geral do Estado. Aliás, apenas a API perdeu vaga, apesar do Conselho ser integrado por onze representantes. Mas, o governador achou de tirar justamente a Associação Paraibana de Imprensa.
E eu confesso, meu caro Rubens, que não encontro resposta para sua indagações: “Por que tirar a API, então? Se criaram mais uma vaga para acolher o CAU, que prejuízo traria outra para manter e prestigiar a API? Por que excluir, substituir, ‘cassar’ a API?” Alias, acionado por Rubens, o Governo não deu qualquer resposta também. Sequer o jornalista e secretário Luiz Torres (Comunicação), filiado à API.
No seio da categoria, a desconfiança é que a decisão seria retaliação contra a jornalista Marcela Sitônio, presidente da API (até o dia 11), que nunca permitiu transformar a entidade em “sucursal do aparelho de promoção pessoal e política do governante. Muito menos se acovardou diante da truculência palaciana quando a liberdade de expressão de qualquer associado foi ameaçada, obstruída ou censurada por esse Governo”.
E assim caminha a Paraíba sob gestão girassol…