Greve de professores da UEPB se aproxima de 90 dias “por falta de diálogo do Governo”, dizem sindicalistas
Completa três meses, na próxima semana, a greve na UEPB (Universidade Estadual da Paraíba), e não há previsão para acabar. Pelo menos foi o que revelou à Imprensa Juscelino Luna, presidente da Aduepb (Associação dos Docentes). Segundo o sindicalista, “persiste a falta de diálogo do Governo do Estado com a categoria”.
Lembrou, inclusive, que recentemente, durante uma sessão especial para debater a situação da Instituição, o Governo “não enviou nenhum representante”. Apenas seis parlamentares compareceram, “e mesmo assim todos da oposição”: “O Governo do Estado não toma uma posição para buscar um acordo entre as partes, e assim fica difícil.”
A greve iniciou em 19 de junho e afeta mais de 24 mil alunos de todos os campi da instituição (Campina Grande, Lagoa Seca, Catolé do Rocha, Araruna, Guarabira, João Pessoa e Monteiro). Ao todo, mais de 1,3 mil professores paralisaram os trabalhos. Os funcionários reivindicam além do ajuste da data base, melhores condições de trabalho.
“Estamos há quase noventa dias de greve e todos sabem que nos colocamos inteiramente contra esta paralisação. Não há absolutamente nenhum avanço, não há qualquer canal de negociação porque o governador (Ricardo Coutinho) simplesmente silencia. O reitor passou por cima do Consuni, que aprovou 8% de perdas inflacionárias”, complementou o sindicalista.