Sangue, suor e lágrima no Hemocentro: “Até pra ir ao banheiro se assina ponto”
A revelação foi feita ao Blog por um servidor do Hemocentro de João Pessoa, alertando para “a gestão arbitrária e ditadora onde atualmente trabalhamos com insatisfação e com constante assédio moral e perseguições, aumento de carga horária, coação e privilégios de alguns… . Esperamos que a equipe gestora atual do hemocentro caia, pois ninguém aguenta mais tanta tirania!” Por razões óbvias, o servidor pediu pra não ser identificado.
Adiante, relata: “Aqui até a ida ao banheiro é motivo de constrangimento, pois é necessária a assinatura da hora de entrada e saída do mesmo. Temos plantão de doze horas sem repouso e sem direito a almoço para alguns, quando funcionários da Secretária de Saúde faz uso normal da alimentação sem cerimonia, elaborada e fornecida pelo hemocentro, a qual é direito do funcionário da casa.”
Há denúncias mais graves. Por exemplo: “Nos deparamos todos os dias com “caras” novas, em média 150 funcionários entraram nesta instituição com contrato de serviço prestado. Onde está o Tribunal de Conta que não fiscaliza isso? Aonde um Centro de Hemoterapia cabe um educador físico? Aqui foi nomeado um como serviço prestado por ser prima da diretora geral, o Hemocentro tem um número de fisioterapeutas considerável e suficiente, não precisando pois deste educador físico.”
E não falta privilégios para quem manda: “A equipe de gestores só quem tem privilegio, pois cargo de confiança deve ter horário integral, mas nossa diretora técnica tem emprego na Unimed, e só trabalha um expediente. A diretora geral acumula cargo de confiança mais cargo na Policia Militar (no Edson Ramalho), a coordenadora de serviços estratégicos tem um cargo na prefeitura.”
O servidor puxa pela memória e lastima: “Aqui foi local de muitas visitas do nosso atual governador Ricardo Coutinho, quando “talvez” por busca de votos para seu almejado cargo de deputado estadual era incentivador de greves e buscas por aumento de produtividades e lutas por redução de carga horária. Hoje depois das vitórias alcançadas nos deparamos com uma gestão arbitrária e ditadora onde atualmente trabalhamos com insatisfação e com constante assédio moral e perseguições.”
Funcionários da direção do Hemocentro (3218.7600) se negaram a comentar a denúncia, “pois só a diretora pode falar”. Mas, a diretora Sandra Sobreira não estava no local nas vezes em que o Blog contatou.