Manuel Jr recebe testemunha bomba do Caso Jampa Digital e deve levar “novidade” à tribuna da Câmara
É possível que o mais novo míssil no âmbito do escândalo do Jampa Digital venha de Brasília. Assessores do deputado Manuel Júnior informaram ao Blog que o deputado “recebeu, há poucos dias em seu gabinete, uma pessoa que poderá alterar o rumo das investigações, especialmente nas ligações do caso com o assassinato de Bruno Ernesto”.
O Blog contatou o deputado, mas ele se negou a revelar quem seria esta pessoa. Apenas se limitou a informar que “é uma pessoa que tem muitas informações e que, em breve, não apenas a Paraíba, mas o País irá tomar conhecimento”. O deputado confirmou, porém, que pretende utilizar os subsídios que recebeu “para fazer um pronunciamento na Câmara Federal”.
O caso do Jampa Digital encontra-se no Supremo Tribunal Federal, que não tem fornecido mais detalhes à Imprensa sobre seu andamento. A última movimentação ocorreu, há um mês, quando o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (Recife) acolheu pedido do Ministério Público Federal e decidiu encaminhar o inquérito policial ao Supremo.
Caso Jampa – A Polícia Federal indiciou 23 pessoas por supostas irregularidades no projeto Jampa Digital. A investigação concluiu que os recursos foram desviados para financiar a campanha do governador Ricardo Coutinho e do então vice-governador Rômulo Gouveia. Já o publicitário Duda Mendonça, responsável pela campanha, foi indiciado por lavagem de dinheiro.
Segundo o inquérito, em 2009, quando era deputado federal, Rômulo apresentou emenda propondo a criação do Jampa Digital, que deveria levar internet de graça para a população de João Pessoa, no valor estimado R$ 39 milhões. Mas, de acordo com a Controladoria Geral da União na Paraíba, a licitação foi direcionada para que a empresa Ideia Digital ganhasse.
A Polícia Federal concluiu também que esta empresa desviou R$ 1,6 milhão e pagou R$ 1,1 milhão a outras duas empresas, a Brickell e a Rigusta. Estas duas empresas teriam pago serviços do publicitário Duda Mendonça, que fez a campanha de Ricardo e Rômulo.
O caso Bruno – Como se sabe, Bruno Ernesto Morais, que era um dos coordenadores do programa Jampa Digital, foi sequestrado e assassinado, em fevereiro de 2012. Na ocasião, os bandidos levaram dinheiro e o seu notebook onde estava, segundo versão de seus familiares, todos os arquivos em relação ao Jampa Digital. O caso levantou suspeitas de ter sido uma morte por encomenda, confirmada por um dos bandidos presos, após o crime.