Após fechar mais de 220 escolas governador inicia terceirização em mais sete com pessoal de Pernambuco. Alunos estão revoltados
O clima é de perplexidade e indignação entre alunos, servidores e pais de alunos. Até porque nada foi discutido com a comunidade. Tudo começou quando, de forma surpreendente, o Governo do Estado iniciou, pela Escola Estadual Hildon Bandeira, em João Pessoa, um processo de terceirização de escolas públicas. No primeiro momento serão sete escolas.
Mais revoltados ficaram ainda os funcionários ao descobrirem que o pessoal responsável pela terceirização vem de Recife. Pelo que se comenta, seria uma parceria do governador Ricardo Coutinho com seu colega de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB): “Será que na Paraíba não tem profissionais capacitados para o ensino público, tem que importar de Pernambuco?”
Indignados com a possibilidade, os alunos decidiram realizar uma assembleia esta manhã (terça, dia 24), para deliberar uma mobilização contra a iniciativa. Um deles falou ao Blog: “Nós não podemos aceitar esse tipo de decisão, de cima pra baixo. E nunca ouvimos falar em terceirização de escolas. Vamos pra rua. Não podemos aceitar .”
A professora Carmelita Pereira Bezerra, ouvida pelo Blog, informou não ter sido informada do que exatamente está acontecendo: “Apenas que, há algumas semanas, uma comissão veio até a escola, e disse que iriam ocorrer muitas mudanças, mas não fomos informados de quais seriam, além da reforma do prédio, que está em condições muito precárias.”
A Escola Hildon Bandeira tem 12 turmas no turno da manhã e mais quatro à tarde, de ensino fundamental e médio. Há ainda as turmas do EJA (Educação de Jovens e Adultos) à tarde (quatro) e à noite (mais quatro). Há um total de mais de 500 alunos matriculados.
A terceirização, apesar de ser algo absolutamente inusitado, não surpreende num Governo que já fechou mais de 220 escolas em todo Estado.