Conselheiros, procuradores, deputados e vereadores detonam TCM na Câmara: “É ilegítimo e ilegal”
Não houve uma só que se levantasse a favor da criação do Tribunal de Contas dos Municípios, durante audiência pública promovida, na manhã desta terça (dia 1), na Câmara Municipal de João Pessoa. Para os procuradores (de Contas) Sheyla Barreto Braga de Queiroz e Bradson Camelo, o “TCM é ilegítimo, ilegal e antieconômico para um Estado que já enfrenta uma grave crise”.
Segundo o conselheiro Artur Cunha Lima, a crise econômica porque passa o país e a Paraíba em particular, a seca e o desabastecimento d´água que penalizam milhares de famílias paraibanas no campo e nas cidades, a violência crescente, a crise na saúde, escolas fechadas, UEPB que passou cinco meses em greve, não constituem um cenário para a criação do TCM.
Já para a vereadora Raíssa Lacerda, que convocou a sessão, “a criação de um TCM além de absurda, é obscura e inoportuna. Vai gerar mais demissões e servirá apenas para que os políticos indiquem cargos. Não haverá a valorização de quem está estudando para fazer um concurso público, vai só servir para apadrinhamento político. Serão mais de R$ 50 milhões gastos sem necessidade ao invés de serem aplicados na educação, saúde e segurança pública.”
Os deputados Tovar Correia Lima, Camila Toscano e Bruno Cunha Lima, presente, também externaram seu protesto contra a criação do TCM proposta por aliados do governador Ricardo Coutinho: “Se já era inoportuno em 2006, imaginem agora com esta grave crise porque passa o País… É apenas para acomodar aliados do governador, a um custo de mais de R$ 50 milhões.”